Cristina Mota falou das expetativas defraudadas após este primeiro momento das rondas negociais: ainda que 20% do tempo de serviço seja devolvido em setembro, ele não terá implicações para a maior parte dos docentes já que, com a revogação do Decreto denominado “acelerador de carreira”, os garrotes se mantêm na passagem do 4.° para o 5.° escalões, impedindo a progressão- apesar do tempo cumprido – e se mantém também um sistema de avaliação de desempenho injusto, dependente de quotas para a atribuição das menções de Muito Bom e Excelente.
Falou ainda da injustiça e falta de equidade que se vai criar com aqueles (poucos, mas alguns) que já progrediram ao abrigo do “acelerador” em relação aos outros poucos a quem faltavam meses para poder vir a usufruir de algum benefício e ficam agora “frente a uma porta fechada”, mais uma vez reveladora da falta de equidade com que costumam ser tratados.
Também a Confap deve quebrar o silêncio e vir pronunciar-se sobre os efeitos
nefastos das políticas em Educação, que se refletem numa gritante falta de docentes, que tenderá a piorar no início do próximo ano letivo.
Se este Ministério quer serenar os professores, devolvendo-lhes o Respeito e a Autoridade devidos, não está a conseguir.