A greve dos trabalhadores da função pública, que se realiza esta sexta-feira, levou ao encerramento de várias escolas. Esta é a primeira grande paralisação que o novo Governo enfrenta com forte impacto na educação.
Várias escolas de norte a sul do país fecharam e o sindicato avança que a adesão foi superior a 80%.
Das 8 escolas do agrupamento da Póvoa De Santa Iria, que reúne 13 mil alunos, 5 fecharam. Para os pais, esta situação já é repetida e já sabem que greve significa arranjar outros sítios onde deixar os filhos. Apesar destes constrangimentos para os pais, o portão fechado não é, propriamente, um mau sinal para os alunos, “fiquei” contente.
A associação de pais diz que, apesar destas 5 escolas estarem encerradas as refeições estão garantidas para os alunos que precisarem.
“As escolas abrem para os alunos dos escalões A e B (…) para servir as refeições às crianças”, disse a Cláudia Camacho, presidente da Associação do agrupamento de escolas da Póvoa De Santa Iria.
Neste agrupamento a adesão foi mais forte por parte dos assistentes operacionais. O mesmo aconteceu no Norte do país, na Póvoa de Varzim, onde mais de 50% do pessoal não docente faltou.
O maior impacto da greve na escola Secundária Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, foi nos testes que estavam agendados, o que causou desagrado a muitos encarregados de educação que queriam ver as avaliações arrumadas.
“Isto é desnecessário”, afirmou uma encarregada de educação.
Em Aveiro, houve uma adesão em peso e alguns encarregados de educação estão compreensivos com a causa.
“Eles precisam também de defender as necessidades deles”, refere o pai de um aluno.
Isto acontece numa altura em que decorrem negociações entre o Governo e os professores com a pendente questão da contagem do tempo de serviço. No caso do pessoal não docente as queixas prendem-se com desigualdades dentro das escolas.
Além da greve, a CGTP organizou ainda uma manifestação para as 15h da tarde em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa.