A FNE – Federação Nacional da Educação, a AFIET – Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho, a CONFAP – Confederação Nacional das Associações de Pais, a ANDAEP – Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, a Ordem dos Psicólogos e o IAC – Instituto de Apoio à Criança, vão reunir no dia 9 de setembro, pelas 15:00 horas com o Ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), em Lisboa (Av. Infante Santo,2) para apresentação da iniciativa conjunta destas organizações, designada como “OBSERVATÓRIO DA CONVIVÊNCIA ESCOLAR”.
Depois da apresentação pública a 22 de março, as organizações que uniram esforços neste projeto pretendem mostrar à tutela que este Observatório serve para contribuir para que se promova nas nossas escolas um ambiente onde as crianças e os jovens possam aprender e os professores e os trabalhadores da educação possam realizar as suas tarefas educativas, em condições promotoras das aprendizagens, num contexto saudável e seguro.
De relembrar que o contexto da indisciplina foi das maiores preocupações, sendo elevado o número de participantes que registaram o seu crescimento em relação ao ano anterior, nos resultados da Consulta Nacional online promovida pela FNE e a AFIET entre 14 e 28 de junho de 2024, dirigida a todos os Educadores e Professores do Continente, Regiões Autónomas e Estrangeiro e que teve por objetivo conhecer a sua avaliação sobre a carreira docente e as condições de exercício profissional em Portugal, do ano letivo anterior. Na consulta deste ano sobe para os 16,5% os que referem como maior problema a (in)disciplina na sala de aula (eram 10,8% em 2023) sendo que 13,1% referem também a necessidade de mudanças ao nível da disciplina dentro da sala de aula.
Neste encontro, as organizações que compõem este Observatório pretendem passar a mensagem ao MECI de que o objetivo deste “Observatório” passa por promover o debate, apoiar estudos e investigações, fazer a recolha de boas práticas e experiências que contribuam para ambientes escolares de qualidade, realizar campanhas de sensibilização e ainda fazer o acompanhamento dos casos que forem surgindo, através de uma plataforma online, aberta a alunos; encarregados de educação; docentes e pessoal de apoio educativo, criada para permitir a denuncia/alerta de casos verificados nas escolas.
A FNE considera o envolvimento ativo do MECI fundamental, uma vez que a importância e complexidade do problema justifica a participação do principal responsável pela definição das políticas educativas e que possui instrumentos e informações que podem facilitar o trabalho a ser realizado. Assim, todos, estaremos melhor preparados para responder a este complexo desafio.