Início Editorial Recorde de infeções | Que se adie o início do 2.° período…

Recorde de infeções | Que se adie o início do 2.° período…

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Hoje bateu-se o recorde diário de infeções…

Esse facto fortalece o argumento de que ali pelo dia da início de aulas os casos poderem estar descontrolados.  Sobretudo com a mais que provável chegada da nova variante do vírus.

Considerando sempre o concelho onde se inserem as escolas e o respetivo nível de risco a ele associado, podemos agir em vez de reagir, antecipando procedimentos.

O ideal seria adiar em uma semana o início do segundo período a nível nacional, ou seja, iniciar-se-ia a 11 de janeiro. Só assim se poderia ter uma maior noção do aumento de contágios ainda relacionados com o Natal.

Nos concelhos de risco extremamente elevado e muito elevado o início poderia acontecer no dia 11 de janeiro, mas só para o pré-escolar, 1.º e 2.º Ciclo, sendo que o 3.º ciclo e secundário poderiam ficar em ensino à distância e regressariam mediante nova avaliação de casos.

Só com uma entrada retardada no regresso às aulas é que poderemos reduzir o risco de aumento de casos devido a um Natal mais relaxado. E com isso, criar o pânico global nas escolas. Seria o pior que poderia acontecer.

Não conheço, admitindo que possa haver, nenhum professor que prefira dar aulas online em detrimento do ensino presencial, essa nunca foi uma causa de luta docente. Mas há que reconhecer que os professores têm feito bem mais pelo país que o país faz por eles.

É unânime que as escolas não podem fechar porque isso poderia significar um país próximo da bancarrota, mas para isso é necessário que se comece a antecipar cenários, agindo em vez de reagir.

Alberto Veronesi