Início Educação Rankings – Comparar o incomparável! – Acabem com eles!

Rankings – Comparar o incomparável! – Acabem com eles!

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Todos aqueles que pensam o assunto com conhecimento, já perceberam e disseram que os Rankings servem absolutamente para nada, além de que não são representativos do trabalho que é feito nas escolas.

Os colégios ganham sempre por algumas razões que me parecem óbvias:

– Filtragem dos alunos;
– Meio socioeconómico de origem dos discentes;
– Expetativas familiares (uma família que coloca os filhos nos colégios é alguém que acredita nesse investimento);
– Preocupação diretiva pela obtenção de bons resultados nos Rankings;
– Pressão dos professores para que atinjam determinadas resultados;
– Escolha do corpo docente.

Todos os ponto anteriores são precisamente os opostos ao que a escola pública faz ou pode fazer, logo as premissas são diferentes, logo, honestamente, não deviam entrar no mesmo Ranking.

É como comparar a Premier League (campeonato de futebol inglês), onde os jogadores estrangeiros só tem Licença de Trabalho, para jogar, se tiverem feito um mínimo de jogos pela seleção de origem, como garante de qualidade, com a Primeira Liga onde entram jogadores de todo o mundo sem o mínimo critério.

Outro questão é a disparidade das notas internas e externas, aqui houve um grande espanto perante algumas notas das escolas/colégios mais bem classificados, onde a diferença era de 3 ou 4 valores…

pois bem se fizerem uma leitura atenta verão que das escolas piores classificadas a disparidade é de 5 ou 6 valores…dá que pensar!

O Ranking devia ser feito ao desenvolvimento direto do aluno, ou seja os alunos seriam avaliados à entrada e à saída dos ciclos e esta diferença dar-nos-ia o verdadeiro trabalho desenvolvido pela escola.

É certo e sabido que para alfabetizar um aluno com 6 anos que tenha “tudo” contra, vive com os avós analfabetos, porque os pais estão presos, alimenta-se mal, passe frio e fome em casa, chega com sono à escola, “trabalha” para ajudar a família, não é a mesma coisa que alfabetizar uma criança de 6 anos com as condições que muitas que frequentam os colégios, felizmente, têm!

SUTEB