A base de dados do concurso centralizado de professores é tão moderna como a do multibanco ou da via verde. Abdicar disso será, como se comprovou em 2013 com a BCE (e se quis recuperar em 2022), caótico.
É só pensar um bocado o que seria, e em nome da educação dos consumidores ou da redução das emissões de carbono, prescindir do multibanco ou da via verde.
Precarizar professores (em 130 mil só 80 mil é que são do quadro de uma escola ou do desmiolo dos agrupamentos) é que gera toda a tortuosidade procedimental que historicamente nos atrasa e que terá hoje mais um episódio tragicómico como se fosse uma negociação.
E depois, há o detalhe de termos mais de 40 quadros de divisão administrativa em vez de apenas 1 como seria moderno e razoável; e esse estado caótico impede uma organização eficaz da rede escolar e dificulta muito; as bases de dados centralizadas, como o multibanco ou a via verde, ajudam a ultrapassar a entropia. Mas acima de tudo, impressiona o desconhecimento até da história mais recente; e já nem se sabe se se mistura com obsessão ou impreparação.