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Que futuro para o ensino? Sindicatos no ministério à procura de respostas “urgentes”

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A discussão nunca esteve tão acesa, mostram diretores e sindicalistas: para onde caminha a classe docente? Lançam-se previsões: em menos de uma década, a falta de profissionais nas salas de aula será um problema mais patente do que tem sido, alerta a Federação Nacional de Professores (Fenprof). Com mais de metade da classe acima da faixa etária dos 50 anos, Portugal poderá chegar ao patamar de outros países, como o Reino Unido e a Alemanha, que não planearam a tempo a renovação geracional das escolas. E a discussão começa mesmo com o envelhecimento, “causa de muitos problemas” atuais no setor, garante o Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P), uma das dezenas de organizações que nesta quarta-feira se reúnem com o Ministério da Educação (ME) para debater os desafios da atual legislatura.

“Face aos recursos disponíveis [referindo-se ao crescimento económico e ao excedente orçamental], a educação poderia ter avançado como nunca antes e isso infelizmente não aconteceu”, lamenta o coordenador nacional do S.T.O.P. André Pestana diz que o Orçamento do Estado para 2020 (OE 2020) é insuficiente e “mais uma grande oportunidade perdida que pagaremos caro no futuro”. “Este governo tem beneficiado de uma conjuntura internacional que permitiu algum crescimento económico (como, por exemplo, no turismo) e até já temos excedente orçamental, mas efetivamente aproveitou-se essa oportunidade para investir a sério na educação? Infelizmente, não”, frisa.