A greve geral, porque já muitos outros sindicatos dos funcionários públicos aderiram à inicial convocada pelos dos professores, é já na próxima sexta-feira,(aqui está uma desculpa) 31 de janeiro.
Nos últimos meses, temos assistido a notícias sobre o estado em que se encontram os equipamentos escolares, água que entra pelo teto das salas, professoras que dão aulas de casaco por causa do frio, crianças que entram em hipotermia pelas mesmas razões…juntando a isto temos o ministro a anunciar internet nas escolas mas a esquecer-se dessa prioridade, o bem estar primordial de aconchego da sala de aulas, e de que há escolas em computadores são uma raridade e os que há são ultrapassados no tempo!
De que o ministro pouco percebe do que fala já todos nós percebemos, mas ver colegas constantemente a queixarem-se nas redes sociais, nas próprias escolas onde lecionam e depois não querem usar a única, sim, a única ferramenta que nos é permitida usar contra estes abusos é no mínimo desesperante!
Não que eu possa fazer alguma coisa, mas custa, custa-me ouvir pessoas falar nos euros que perdem nesse dia em vez de pensarem em tudo o que poderão ganhar ao perderem esses euros!
Já há consenso para os serviços moderados? Pelo que sei continua a algazarra de cada um faz o que quer e sobretudo manda fazer o que entende aos colegas nessa situação.
Já há consenso relativo às horas das reuniões? Ou continua se a espezinhar o ECD?
Já se resolveram as centenas de casos de alunos com necessidades educativas especiais que, os ainda em casa por falta de meios, outros já na escola mas com a mesma falta de meios, continuam a existir?
Aceitamos todos como especialistas em educação que crianças com autismo sejam acompanhadas por auxiliares operacionais?
Sem desprimor nenhum para com essas profissionais, mas porque não seria normal vermos um auxiliar médico a fazer,por exemplo, um cateter a um paciente, nem aceitaríamos que assim fosse connosco!
Claro que não há razões nenhumas para fazer greve, nem o facto de continuarmos à espera dos mais de 6 anos que insistem em não nos devolver e que com isso em vez de 6000 no topo seriam muitos mais, alguns já se reformariam e outros já entravam…mas não isso não é razão suficiente, aliás nada do que apontei atrás é razão para fazer greve é só razão para passarmos o dia a refilar.
Desafio que me indiquem, que eu continuo sem conseguir perceber, as razões pelas quais não farão greve!
Alberto Veronesi
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