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PSD com dúvidas sobre opção de manter escolas abertas, quer professores a ser testados semanalmente

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Afastado do cenário está, para já, o encerramento das escolas. O PSD foi o único dos partidos ouvidos esta sexta-feira a duvidar dessa opção do executivo, uma vez que para os alunos frequentarem as escolas é necessário haver mobilidade e pais a transportá-los diariamente, com o PCP a reforçar essa decisão notando a necessidade de manter “crianças e jovens nas escolas”.Q li

Segundo fontes presentes nas reuniões contactadas pelo Observador, o Governo alega que os dados que tem apontam para uma reduzida taxa de “contágio e de letalidade” no contexto escolar, baseando-se nisso para defender a manutenção das escolas abertas, assim como no efeito “devastador” para a aprendizagem dos alunos que teria um novo fecho das aulas presenciais. E para a economia. Aos jornalistas, após uma reunião da concertação social, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, salientou o “significativo” impacto “social e até económico” de um eventual encerramento das escolas.

O PSD duvida da estratégia e desafiou, na audição em São Bento, o Governo a testar semanalmente os professores, mas não obteve resposta. A decisão, contudo, só será tomada na terça-feira, dia 12, depois da reunião com os especialistas na sede do Infarmed. Isto porque o Governo ainda tem “uma pequena esperança” de que este salto enorme nos contágios possa ser efeito pontual do facto de os portugueses terem adiado a realização de testes por causa da quadra festiva e estarem a fazer os testes agora. “Mas nem o Governo acredita muito nisso”, desabafa uma fonte partidária.

Serão os números de novos infetados dos próximos quatro dias a determinar a dureza das medidas e o prazo para serem implementadas — porque são os próximos dias que vão determinar se o crescimento dos contágios é fruto de um episódio pontual ou se é mesmo o novo padrão. Se assim for, para a semana o número de novo contágios pode chegar aos 15 mil casos diários, acredita o Governo.

No que diz respeito ao impacto na economia, Rui Rio não deixou de lado os impactos que um novo confinamento terão nas empresas e na malha empresarial. Preocupação partilhada pelos partidos que foram esta sexta-feira a Belém. Ainda na direita, o CDS criticou o Governo por continuar “a correr atrás do prejuízo” e por ter mantido uma “convivência socialística com o vírus” desde o início da pandemia do país. Já o PCP concorda com a manutenção das escolas em regime presencial. No final da reunião com António Costa, o secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa disse que se deve evitar “a proibição pela proibição” e defendeu que é importante que “as crianças e jovens tenham as escolas a funcionar”.

Fonte: Observador