Uma nova concentração de professores está marcada para esta sexta-feira, em frente ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação, em Lisboa. Convocada por um grupo de docentes, o protesto visa reivindicar a correção das desigualdades no reposicionamento da carreira docente, que, segundo os organizadores, tem prejudicado cerca de 50.000 professores desde 2018.
A concentração está agendada para as 14:30, na Avenida Infante Santo, nº 2, onde se situa o Ministério. Os professores irão permanecer no local até às 16:30, num protesto pacífico, mas determinado, que visa exigir mudanças urgentes no sistema de progressão na carreira, que consideram “injusto” e “discriminatório”.
O foco das reivindicações recai sobre o que muitos professores classificam como uma “falta de equidade” no reposicionamento na carreira desde 2011. Este problema, de acordo com os manifestantes, tem causado impactos negativos crescentes, principalmente a partir de 2018, quando muitas das alterações nas regras de progressão começaram a ter consequências mais visíveis.
Segundo declarações de um dos organizadores, “o sistema atual está a criar uma clara disparidade entre docentes com anos de serviço semelhantes, mas posicionados de forma desigual na carreira devido a injustiças acumuladas ao longo da última década”. Os professores exigem que o Governo corrija estas distorções, que afetam diretamente os salários e as perspetivas de progressão.
O movimento conta com o apoio de sindicatos do setor, embora este protesto em particular tenha sido organizado de forma independente por um grupo de professores, que se diz farto da lentidão das negociações com o Ministério da Educação. Para além da correção das injustiças na carreira, os manifestantes reivindicam também melhores condições de trabalho, mais estabilidade contratual e uma revisão do regime de avaliação de desempenho docente, que consideram desajustado à realidade das escolas.
Este protesto junta-se a uma série de ações que têm ocorrido ao longo dos últimos anos, com os professores a tentarem, repetidamente, trazer a atenção do Governo para as suas reivindicações.