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Primavera educativa – Filinto Lima

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A pausa da Páscoa aproxima-se, prevendo-se 4 dias de descanso para as crianças e os alunos, sendo um tempo intenso de reuniões de avaliação destinado aos professores, ditado por alteração inesperada do calendário escolar que transformou em dias letivos a paragem do Carnaval e reduziu substancialmente o hiato entre os dois últimos períodos letivos.

Também por esse motivo, o 2.º período torna-se ainda mais sui generis, com discrepâncias entre ciclos, dado que as crianças da educação pré-escolar e os alunos do 1.º Ciclo estarão na escola 24 dias contra 25 não presenciais, enquanto os restantes níveis de ensino contabilizarão apenas 14 dias presenciais e 35 não presenciais. Em qualquer das situações o Ensino a Distância (E@D) assumiu o protagonismo, tendo a pandemia baralhado por completo as “contas”!

O regresso dos mais novos à escola foi condição para a realização dos testes à COVID-19, que durante toda esta última semana contemplaram os elementos profissionais das comunidades escolares até ao 1.º Ciclo, efetuados nas escolas públicas por laboratórios e nas escolas do setor privado pela Cruz Vermelha (CV). Esta ação de extremo relevo resultou em sucesso pela excelente programação que foi desenhada, nos termos da parceria tripartida: escolas – laboratórios/CV – Delegações Regionais de Educação.

O percalço anunciado no início da semana, que conduziu ao reagendamento da vacinação dos professores e pessoal não docente, não fez esmorecer a necessidade deste desiderato, essencial para reforçar a confiança nas escolas.

E eis que a primavera da Educação está aí!

E ela impõe revitalização e investimento. Considero ser indispensável, e urgente, proceder à revisão do currículo do 1.º Ciclo e das Aprendizagens Essenciais, assentes em conhecimentos, capacidades e atitudes. No mesmo sentido, o apoio e reforço das aprendizagens dos alunos dos restantes níveis de ensino deve merecer, igualmente, um sério e ponderado planeamento.

Importa continuar a cumprir os compromissos do plano de ação para a transição digital, que vão para além da “disponibilização de equipamento individual para utilização em contexto de aprendizagem”, passando por “uma forte aposta na formação e capacitação de docentes”, entre outros objetivos, outrossim, cruciais.

Os professores aguardam por atitudes efetivas de comprometimento da parte de quem tem a obrigação de valorizar e dignificar a sua carreira, não esquecendo que a Educação foi eleita por este governo como uma das suas bandeiras. O investimento nesta profissão potencializará melhores resultados escolares, guindando Portugal para patamares que nos enobrecem, perspetivando um futuro mais favorável, pela mitigação da injustiça social e pelo incremento da igualdade de oportunidades.

Saibam compreender o trabalho de excelência realizado pelos professores, mormente num dos contextos mais adversos com que se depararam, e facilmente concluirão pela justeza dos apelos escutados por aqueles a quem os portugueses deverão estar naturalmente reconhecidos.

TSF

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