Em 2011, Portugal estava em profunda crise económica. O país tinha um défice orçamental elevado, uma dívida pública descontrolada e um crescimento económico estagnado.
Esta situação levou o Governo de José Sócrates, do Partido Socialista (PS), a pedir ajuda externa à troika, composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia.
O PS tentou, sem sucesso, através de três Programas de Estabilidade e Crescimento (PEC), resolver a crise económica com medidas, como cortes de salários e congelamento de carreiras, que, na prática, apenas agravaram o problema. Em 2011, o país já estava à beira da falência.
No Memorando de Entendimento do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal, assinado em 2011 pelo Governo do PS liderado por José Sócrates, era extremamente duro e tinha como meta de poupança os 445 milhões, sendo uma das medidas entre outras, uma redução das pensões acima de 1.500 euros, com taxas progressivas. Mas nessa altura, esse mesmo Governo já tinha em vigor uma contribuição extraordinária temporária de 10% para as pensões mais altas. Foi só anos mais tarde, já com o Governo PSD/CDS em funções que esta contribuição foi alargada chegando a abranger valores de pensões acima dos mil euros brutos.
O empréstimo de 78 mil milhões de euros veio sobrecarregar a dívida pública e aumentar os respetivos juros. Também levou a um aumento do desemprego e à redução do poder de compra dos portugueses.
Quando Pedro Passos Coelho assumiu o Governo em 2011, depois da demissão de Sócrates, e fez de tudo o que considerou necessário para cumprir as metas definidas no memorando e retirar o país da crise. Fez tudo bem? Talvez não, mas daí a ser considerado, pelo PS e a esquerda portuguesa, como o causador da crise e responsável pelas dificuldades sentidas durante este período, parece-me um exagero.
A verdade é que a culpa da crise portuguesa não foi do PSD ou do CDS. Foi do PS.
O PS governou Portugal entre 2005 e 2011. Durante este período, o país registou um aumento significativo do défice orçamental e da dívida pública. Também houve um crescimento económico lento e uma deterioração da qualidade dos serviços públicos.
O programa de austeridade imposto pela troika não foi uma opção do PSD ou do CDS. Foi uma imposição da realidade económica.
Se o PSD e o CDS não tivessem cumprido o programa de austeridade, Portugal teria entrado em incumprimento das suas dívidas e teria sido declarado insolvente.
Isto teria tido consequências catastróficas para o país, incluindo a perda do acesso aos mercados financeiros, a subida das taxas de juro e a desvalorização da moeda.
O PS e a esquerda portuguesa estão a tentar enganar os portugueses sobre a verdade da Troika.
O PS foi o responsável pela crise económica portuguesa. O PSD apenas cumpriu a sua obrigação de resolver o problema que o PS criou.
É importante que os eleitores indecisos saibam a verdade sobre a Troika. Só assim poderão fazer uma escolha informada nas próximas eleições.