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Os professores não desistirão do seu tempo de serviço

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O ministro das Finanças, em entrevista divulgada (25/jul), afirmou que, se fosse recuperado o tempo de serviço dos educadores e dos professores que esteve congelado, teria, por razões de equidade, de fazer o mesmo a todos os outros trabalhadores da Administração Pública. Como Fernando Medina saberá do que fala, o que parece pretender é enganar a opinião pública. Os educadores e os professores não abrirão mão do tempo de serviço cumprido nos períodos de congelamento, o qual também será roubado a quem agora vincula.

Se alguém se pode queixar de falta de equidade no tratamento a que está sujeito, relativamente ao tempo de serviço que cumpriu nos períodos de congelamento, tanto antes como durante o período da troika, são os educadores e os professores do continente. Falta de equidade em relação aos docentes das regiões autónomas e falta de equidade em relação à generalidade dos trabalhadores da Administração Pública, cujo tempo de serviço se converte em pontos (1, 2 ou 3 por ano, dependendo da avaliação obtida), tendo estes sido totalmente recuperados, alguns, até, com justa bonificação.

Portanto, a injustiça do roubo de tempo de serviço que é feito aos docentes continuará a ser motivo da luta que se manterá no próximo ano letivo. São 6 anos, 6 meses e 23 dias congelados que ainda faltam recuperar e dos quais os educadores e os professores não abrirão mão. Recorde-se que ainda se aguarda a decisão do Presidente da República sobre um diploma “acelerador”, aprovado pelo governo. Ora, o ministro da Educação, em entrevista recente, esclareceu que, afinal, aquele diploma, a vigorar, não passará de um aspirador que apenas possibilitará aos docentes aspirarem chegar a um dos três últimos escalões da carreira, para além de aspirar a totalidade dos 6 anos, 6 meses e 23 dias, limpando-os de vez.

Secretário-geral da Fenprof (a partir de 9:52)