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Os 7 pecados mortais e o Concurso de Professores

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No dia 19 de Março foi publicada uma portaria com vagas disponíveis.

Na altura considerei que algo estava errado. Fui consultar o número de vagas das escolas que eu conhecia e mesmo para o distrito de Lisboa, eram em número excessivo.

Sendo eu  originária da zona Norte. Fui desafiada a concorrer para garantir um lugar.

A minha resposta:

-Nem pensar.

Eu gosto da minha escola, mas tenho escolas mais perto e consideradas por alguns melhores mas conheço as listas de graduação  e não fui afetada pela Soberba, e não  considerei que ficaria de certeza, tenho os pês assentes na terra.

Assim, não foi pela Preguiça de fazer o concurso que eu não alinhei,  foi pela suspeita, se a esmola é muita o pobre desconfia. Não fui atingida pelo pecado da Gula, as vagas são tantas também quero.

O quarto pecado mortal é a Inveja, estas vagas seriam para os quadros de zona pedagógica, mas quem tem mais graduação ficaria na frente, assim os Professores com mais graduação mudariam, por vezes a mudança é a diferença de 500 metros de distância.

O quinto pecado mortal, a Ira, alguns professores estão zangados, queriam mudar, estão a poucos anos da reforma e ficaram numa situação  pior, ficaram na situação de quadros de zona pedagógica com 40 e tal anos.

A Avareza aqui é apresentada como a perda, e infelizmente os que concorreram perderam a estabilidade conquistada após muitos anos. mas porque apesar de serem mais velhos, não são mais sábios.

A luxuria á aqui aplicada como o desejo insaciável da melhoria de uma posição, mas mais uma vez, relativamente aos outros professores.

Não estou a tecer criticas a quem concorreu, mas quando queremos mudar devemos pesar todas as variáveis.

E acabo com um pequeno ditado :

“Mal por mal basta Pombal. ”

Elisa Pombal