Se houve assunto que a primeira leva da pandemia de covid-19 em Portugal tornou consensual foi a necessidade de as crianças e jovens regressarem às escolas, sob pena de serem agravadas de forma profunda assimetrias sociais, económicas e até de se hipotecar o futuro de toda uma geração. Pode argumentar-se que a decisão de março foi a mais correta, de acordo com a informação disponível. Mas a de setembro não poderia mesmo ter sido outra. O regresso às aulas, e sobretudo à escola, de mais de um milhão de crianças e jovens é um imperativo ao qual a sociedade tem de conseguir responder. Mas todos percebemos como acarreta riscos. Os primeiros dias foram férteis em casos, dúvidas, polémicas e situações passíveis de crítica. Além de tudo o que já foi feito, há dois pontos focados nesta edição que têm de merecer a atenção dos responsáveis públicos: a necessidade de reforço das equipas de intervenção para as escolas e a adoção de medidas de testagem eficazes e rápidas que evitem que o multiplicar de casos ponha em causa o funcionamento das escolas.
Expresso
