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O PSD deve explicações a quem ?

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No dia 30 de Setembro o Presidente do PSD Luís Montenegro, no encerramento do “Encontros com Futuro” anunciou a intenção do PSD de contar o tempo de serviço  de forma faseada como foi feito nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores acabando com uma injustiça para com a classe dos Professores.

 

No dia 31 de Maio de 2023 foi publicado no DN / Dinheiro vivo a notícia:” Função pública: Salto extra na carreira em 2024 dá aumento de 200 euros a técnicos superiores

O salário dos assistentes técnicos e assistentes operacionais deverá subir cerca de 50 euros por mês. 349 mil funcionários públicos, metade do total, vão progredir mais rápido com apenas seis pontos em vez dos atuais dez, segundo o projeto de diploma do governo.” 

Nesta proposta a classe docente, ficou de fora. 

No dia 2 de outubro, na entrevista ao canal CNN, o primeiro-ministro esclareceu que o tema recuperação do tempo de serviço era um tema fechado, sem mais explicações apesar da falta de professores a nível nacional, com tendência a piorar a situação nos próximos anos letivos.

No dia 6 de Outubro o Jornal O Público,  publicou:”Função pública: Governo propõe aumento mínimo de 3% e mantém base salarial

Ao contrário da expectativa criada na quarta-feira, o Governo manteve o aumento de 6,8% do salário mais baixo da função pública que, em 2024, deverá ser de 821,83 euros.” Ora a taxa de inflação está nos 5, 4 %.

 

Em democracia, o Governo deveria dar explicações sobre as suas motivações e comunicar aos cidadãos os seus planos de médio e longo prazo.

O Governo não o faz, só anuncia medidas que poderão vir a ter impacto lá para 2030, no caso da carreira docente, com sorte uns milhares vão para a reforma ainda sem obterem o tal ano que terão direito. 

 

Mas na verdade, no programa de política que assisti,  foi lindo, surreal ver que o tema em discussão não era o trabalho do Governo, mas sim a necessidade imperiosa e urgente, urgentíssima que o PSD teria em se explicar sobre a intenção que anunciou no dia 30 de Setembro.

 

Existem alguns programas de temática  política que são autênticas fotonovelas de entretenimento, parecem as famílias reais a combinarem os casamentos reais, quem casa com quem.

Aparentemente o PS,  vou  chamar a Rosinha. A Rosinha  poderá casar ou namorar com quem quiser, já namorou com o CDS, com BE e com o PCP. 

O PSD com militantes e com uma Comissão Política eleita com sufrágio universal, tem de prestar contas a todos os partidos, e comentadores, esses cidadãos donos da Verdade Universal, que nunca tem dúvidas e raramente se enganam.

 A  Laranjinha terá de prestar contas com quem fala, com quem combina um café ou com quem quer namorar ou casar.

 

As duas irmãs, Rosinha e Laranjinha têm tratamentos diferentes, sem se saber a razão. 

 

E claro, o PSD tem de dar explicações, a quem?

 

Aos comentadores, esses seres iluminados e donos da verdade?

 

Aos jornalistas que perguntam como está o Chega ao Presidente do PSD?

 

Se esses comentadores fossem céleres, bastava perceberem que os eleitores do Chega foram os cidadãos que em eleições anteriores votavam nulo ou branco.

Olhando para os números nas eleições legislativas de 2022, dos votos nulos e brancos, e a abstenção, e realizando uns cálculos da soma, que qualquer calculadora faz, terão os eleitores do Chega. Em conjunto com os eleitores descontentes dos restantes partidos. Essa premissa pode ser confirmada após a eleição de autarcas do Chega no Alentejo.

O Chega é o Partido do protesto. O Protesto da Governação dos últimos 8 anos.

 

E ainda gostava de perceber se vão colocar a questão – E o Chega?,  aos restantes representantes dos Partidos do Arco da Governação.

Quando me fazem perguntas provocatórias, eu olho com ar de paisagem, e faço um sorriso, o sorriso de paisagem.

 

Em conclusão, o PSD não deve explicações aos excelentíssimos comentadores.

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