O Orçamento é uma maravilha mas as escolas continuam sem computadores, sem professores e sem assistentes operacionais.
Em percentagem do PIB a coisa é ainda pior. Nos tempos da troika a percentagem do PIB que era destinada à educação era muito superior. Veja-se aqui em mais detalhe neste artigo.
No debate na especialidade o Ministro Brandão Rodrigues anunciou uma aposta no aumento da velocidade da internet nas escolas. Mas de que serve isso se os computadores existentes nas escolas são velhos, degradados e muitos deles nem são compatíveis com muitos dos conteúdos distribuídos nas escolas? É uma vergonha para o país a situação de degradação do parque informático a que chegaram muitas escolas do nosso país e em particular desta região.
Inexplicável também é a falta de professores em tantas escolas mas pior só pode ser a solução encontrada pelo Ministro da Educação de colocar professores sem formação especifica a dar as aulas dos colegas em falta. É um retrocesso na qualidade do nosso ensino e uma incoerência brutal com o discurso do Governo. Mas isto revela sobretudo falta de planeamento, falta de capacidade de gestão e de realismo.
Temos um OE na Educação que aposta em projectos piloto, em ambiente controlado, que têm sempre resultados positivos porque têm todos os meios à disposição. Mas a realidade do país e da escola pública não são os projectos inovadores em ambiente controlado em que corre sempre tudo bem.
Fonte: MedioTejo