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O Ministério da Educação demitiu-se da desburocratização

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Após anos a anunciar que estava estudar o assunto, e a agendá-lo para as negociações com os sindicatos, o ME “demitiu-se” do inferno da burocracia que criou e entregou-o à LABX – “Centro para a Inovação no Setor Público – unidade orgânica integrada na Agência para a Modernização Administrativa (AMA, I.P.)”. Esta confissão de incapacidade é grave. Desburocratizar neste domínio é um acto de gestão, de política educativa e de domínio de sistemas de informação. É para professores decidirem. Acima de tudo, é para eliminar incontáveis procedimentos inúteis. Requer um decreto com um só artigo: a um professor não se pode exigir uma qualquer procedimento que inverta o ónus da prova.

 

Esta decisão representa a falência da gestão do ministério que, durante décadas, foi gerido como se fosse uma empresa privada dos partidos políticos.

 

Escrevi (5.10.22) assim recentemente no Público (“Foi fatal não confiar nos professores”): “(…)É desafiante desconstruir, neste breve registo, este monstro que “adoeceu” os professores e que Governo e sindicatos reconvocam para a mesa negocial com um preocupante desconhecimento do universo informacional ao circunscrevê-lo à penosa tarefa burocrática de um grupo específico (directores de turma).””

 

Recupero um texto (resumo-o) que escrevi para o blogue e para a impressa do Público em 21.01.2009:

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