As orientações para a Educação Física Escolar incluem aulas sem máscara para turmas completas que chegam aos 30 alunos ou mais. Inscrevem ainda três metros de distanciamento físico e ausência de testes à covid-19. Sugira-se aos muito treinados profissionais da NBA ou do futebol que tentem uma coisa parecida e sem viverem em qualquer bolha. Seguramente que recusam liminarmente e até aconselhariam um internamento aos proponentes.
Mas se na Educação Física Escolar é assim, nas outras salas de aula apenas se acrescenta a máscara em espaços também apinhados. Como o distanciamento físico é naturalmente, e constantemente, contrariado, é natural que os jovens, na maioria assintomáticos com capacidade de contágio, sejam transportadores do vírus no vai e vem entre as escolas, as habitações e as tais festas familiares. Para além disso, a teoria das bolhas é uma “impossibilidade” com as escolas, e as suas envolventes, lotadas. Mas não nos admiremos que a culpa ainda será dos jovens porque não cumprem procedimentos insensatos que eliminaram qualquer ideia de gradualismo.