Num período de apenas uma semana, o movimento estudantil “A Escola É Nossa!” conseguiu atrair mais de sete mil seguidores no Instagram. Este grupo, constituído por estudantes anónimos, está a organizar um protesto marcado para o dia 2 de novembro, convocado através das redes sociais. No entanto, as faltas às aulas nesse dia podem não ser justificadas, uma vez que não existe um enquadramento legal para uma greve de alunos.
O movimento teve início com a primeira publicação no Instagram a 12 de outubro, onde apresentaram o logótipo do grupo e convocaram uma “greve nacional de alunos”. Posteriormente, as publicações destacaram reivindicações como “educação sexual para todos”, “comida decente” nas cantinas escolares e a necessidade de mais professores e assistentes profissionais nas escolas. O grupo também elaborou um manifesto com 35 pontos, incluindo a remoção da obrigatoriedade dos exames nacionais e o direito dos alunos de escolherem o tipo de comida que desejam.
O movimento “A Escola É Nossa!” é constituído por estudantes que preferem manter o anonimato para evitar possíveis conflitos com colegas que os possam acusar de procurar protagonismo. Eles afirmam que não têm ligações a sindicatos, partidos ou outros movimentos e o seu objetivo é dar voz aos estudantes em todo o país.
No entanto, juristas dizem que o protesto organizado pelos estudantes não pode ser considerado uma greve, uma vez que eles não são uma estrutura sindical e não têm uma entidade patronal. Portanto, não têm legalmente o direito à paralisação. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP) concorda que esse protesto não pode ser chamado de greve.
A Confederação das Associações de Pais (CONFAP) admitiu desconhecer o movimento e as suas intenções. Até ao momento, o Ministério da Educação não forneceu qualquer resposta ou reação ao movimento estudantil e à greve planeada para novembro.
A mobilização deste movimento estudantil nas redes sociais e a sua chamada para ação em nome de melhores condições de ensino estão a atrair atenção, enquanto o debate sobre a legitimidade do seu protesto continua a ser discutido.
Fonte: Blog+ Sobre Educação
50 anos após o 25 de abril, e a preocupação geral é se os estudantes têm direito a manifestar-se assim? Se estarão a ser manipulados por partidos ou sindicatos?
Gostaria de ver algum tipo de compreensão para com estes miúdos corajosos que vão ter faltas injustificadas, vão exibir cartazes à chuva, vão lutar sozinhos por tantas reivindicações que deveriam ser desígnio nacional…
Gostava de ouvir os Costas sobre este assunto…
Vou esperar sentado.
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