Tal como aconteceu no final do último ano letivo, o Ministério da Educação vai garantir a distribuição gratuita de máscaras “às comunidades educativas” no regresso às aulas em setembro. A garantia foi dada pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues durante a audição na comissão parlamentar que está a decorrer esta tarde.
Na sua intervenção inicial, o ministro desvalorizou ainda a polémica em torno do distanciamento físico entre alunos e professores. De acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde já enviadas às escolas, deve ser garantido “sempre que possível” um afastamento de 1 metro. Mas como as turmas não vão ser desdobradas e muitas funcionam no limite de alunos por sala, os diretores já avisaram que vai ser impossível cumprir esse distanciamento.
“A medida do distanciamento não pode ser vista isoladamente. Há várias medidas que estão previstas como os circuitos de circulação e grupos de alunos separados, a higienização e a etiqueta respiratória, a disposição das salas de aula”, enumerou o ministro, lembrando as vantagens de um regresso às aulas presenciais para todos e os custos a vários níveis de não o fazer, desde prejuízos para a educação, sociedade e saúde pública.
O próximo ano letivo deve arrancar entre 14 e 17 de setembro e o ensino presencial é a regra para o funcionamento de todas as escolas públicas e privadas. Só se a evolução da situação epidemiológica se agravar e as autoridades de saúde assim o determinarem é que as escolas avançam para o plano B – ensino em regime misto – e, no pior dos cenários, o plano C, com o regresso ao ensino à distância.
Mas mesmo nestes dois cenários de contingência, são definidas prioridades: os alunos mais novos, do pré-escolar ao 2º ciclo, devem ser privilegiados no caso da direção de um agrupamento ter de decidir quem vai aprender em casa e quem se mantém no espaço escolar, com os professores em sala.
Além dos mais novos, também os estudantes mais carenciados (beneficiários da ação social escolar), os que têm acompanhamento especial ou que estão sinalizados como estando em risco devem poder ficar nas escolas a aprender.
Expresso