A plataforma MESA/Zero pela eliminação do amianto nas escolas pediu esta segunda-feira a divulgação urgente da lista de edifícios com aquele material cancerígeno e o calendário para a operação de limpeza anunciado pelo primeiro-ministro.
Essa era a pretensão das duas organizações, que já tinham pedido há um mês que se aproveitasse o período de encerramento de aulas presenciais para acabar totalmente com o amianto nos edifícios das escolas públicas.
O coordenador do MESA, André Julião, considerou em comunicado que “é salutar” a intenção manifestada pelo primeiro-ministro ao anunciar a medida, mas salientou que é preciso “divulgar a lista atualizada de escolas com amianto, a sua classificação por prioridades e o calendário de obras de remoção, com datas de início e conclusão”.
A arquiteta da Zero Íris Madeira afirmou que “não faz sentido que se continue a falar deste tema e que não exista uma listagem de edifícios com amianto”. Acrescentou que “a própria comunidade escolar tem o direito de saber que escolas constam ou não do levantamento feito”, que poderá ter “erros graves e prejudiciais” para as crianças e trabalhadores das escolas.
Cancerígeno quando inalado, o amianto é uma fibra natural presente em diversos materiais de construção usados em coberturas e também dentro das salas de aula.
Pavimentos, placas de teto falso, produtos e materiais de revestimento e enchimento, portas corta-fogo, paredes divisórias prefabricadas, tijolos refratários ou pinturas texturizadas são alguns dos exemplos onde se podem encontrar esta substância, que está proibida há cerca de 15 anos.
Fonte: Observador