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Marcelo quer plano para desconfinamento e regresso à escola

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O Presidente da República ouviu com atenção o epidemiologista Manuel Carmo Gomes e fez questão de reproduzir, no preâmbulo do decreto de renovação do estado de emergência, as propostas feitas na reunião do Infarmed: quer critérios objectivos para tomar medidas de confinamento e desconfinamento, com patamares pré-definidos de número de infectados e internados, mas também aumento das taxas de testagem e vacinação, para permitir o levantamento das medidas mais restritivas.

 

O regresso ao ensino presencial é também uma preocupação de Marcelo Rebelo de Sousa, que defende que deve ser definido um plano faseado de reabertura das escolas com base em critérios objectivos e respeitando os desígnios de saúde pública. Mas não para já. Neste momento mantém-se a “situação de calamidade pública provocada pela pandemia covid-19”, pelo que se continua a exigir “o cumprimento rigoroso das regras sanitárias em vigor e a continuação da aplicação de restrições de deslocação e de contactos”.

Na proposta de decreto já viabilizada pelo Governo e que amanhã será votado no Parlamento para vigorar até 1 de Março, o Presidente assinala que se começa a verificar “uma redução de novos casos de contaminação, bem como da taxa de transmissão, fruto das medidas restritivas adoptadas”. Marcelo lembra, no entanto, que “não é recomendado pelos peritos reduzir ou suspender, de forma significativa, as medidas de confinamento, sem que os números desçam abaixo de patamares geríveis pelo SNS, que sejam aumentadas as taxas de testagem, ou que a vacinação possa cobrir uma parte significativa da população mais vulnerável para a COVID-19”.

Para já, “a capacidade hospitalar do país continua posta à prova, mesmo com a mobilização de todos os meios do SNS, das Forças Armadas, dos sectores social e privado”. Por esse motivo, diz que “não há alternativa senão a redução de casos a montante, o que só é possível com a continuação da diminuição de contágios”.

Público