Para a Organização Mundial de Saúde, é mais prejudicial para os alunos manter as escolas fechadas do que reabri-las em contexto de pandemia.
Em conferência de imprensa, o diretor-geral do departamento europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), Hans Kluge, alerta para o risco de várias crianças serem deixadas para trás, como as têm necessidades educativas especiais.
Apresentando-se como especialista, mas também como pai, em vez do ensino à distância, Hans Kluge defende a adoção de outras medidas de prevenção.
Os responsáveis pela educação podem optar por “abrir escolas onde há poucas infeções, adaptar horários e reduzir o número de alunos nos locais onde o vírus está mais espalhado”, nota. Em casos excecionais, pode ser ponderado “o encerramento temporário das escolas onde há altas taxas de transmissão do vírus”.
“Devemos testar os casos suspeitos e sobretudo as pessoas com sintomas. Sabemos que no caso das crianças é raro, mas mantemos que apenas devem ser testadas essas crianças”, disse a responsável em conferencia de imprensa.
Em países como a França os pediatras estão a recomendar o uso de testes de saliva para os mais pequenos, mas esta é uma novidade que a OMS ainda está a avaliar.
“São testes menos invasivos, o que naturalmente é bom para as crianças”, em comparação com os testes com zaragatoa, que podem ser dolorosos, destaca Catherine Smallwood.