O Governo acena às famílias com uma “significativa redução do IRS” em 2024, mas convém ter atenção aos gastos — do carro ao tabaco —, porque os impostos indiretos vão aumentar. Pelas contas do Expresso, a carga fiscal deverá subir de 35,3% do PIB em 2023 para 35,5% do PIB em 2024 exclusivamente devido aos impostos indiretos. Só as receitas com impostos sobre a produção e a importação subirão de 14,4% para 15% do PIB. O OE 2024 espera arrecadar mais €3300 milhões nestes impostos indiretos, mais 8,7% face a 2023. Em particular o Estado prevê arrecadar mais 37,3% no imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas, mais 20,1% no imposto único de circulação, mais 14,7% no imposto sobre o tabaco, mais 13,4% no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, mais 7,9% no IVA ou mais 5% no imposto sobre veículos. Por contraste, as receitas com impostos sobre o rendimento ou património deverão descer de 10,5% para 10,1% do PIB em 2024. A carga fiscal também inclui parte das contribuições sociais, que se manterão nos 10,4% do PIB.
