Governo já reagiu à polémica em torno de Rui Tavares e do projeto #EstudoEmCasa” (vulgo telescola). Numa nota enviada ao Expresso e ao “Polígrafo SIC”, o Ministério da Educação garante que o dirigente do Livre “não é professor do projeto #EstudoEmCasa” e que o recurso aos conteúdos da RTP é prática corrente neste e nos outros anos letivos.
A utilização de um excerto de seis minutos do programa do historiador, gravado em 2018, numa aula virtual de História sobre a Exposição do Mundo Português, motivou duras críticas de Nuno Melo, que denunciou aquilo que diz ser um exercício de destilação de “ideologia”, “transformando alunos em cobaias do socialismo”, e “uma aviltante e ignóbil revolução cultural em marcha que pais sem recursos não podem evitar”.
Horas mais tarde, o CDS decidiu entregar na Assembleia da República uma pergunta ao Governo onde exigia que o Ministério da Educação tomasse medidas para corrigir o programa.
No nota enviada às redações, o gabinete de Tiago Brandão Rodrigues esclarece que o que aconteceu “foi a utilização de um recurso pedagógico por parte das duas professoras de História e Geografia de Portugal do 5.º e 6.º anos” e que, “como em qualquer aula, planificada pelos professores e validada pela Direção-Geral da Educação, os docentes utilizam os recursos pedagógicos que entendem adequar-se às matérias em questão”.
“No caso, trata-se do excerto de 5 minutos de um programa de História, exibido na RTP2 em 2018, e disponível na plataforma RTP Ensina, à qual os docentes recorrem com regularidade para utilizarem nas suas aulas (presenciais ou não presenciais)”, completa a mesma fonte oficial.
O excerto do programa de Rui Tavares, “Memória Fotográfica”, gravado em 2018, pode ser visto aqui e explica o que esteve na origem da decisão do antigo regime de criar a exposição do Mundo Português, em Belém.
Fonte: Expresso