A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) decidiu lançar um abaixo-assinado dirigido ao Governo, em «defesa da saúde dos docentes e de toda a comunidade escolar», que se prende sobretudo com questões como a testagem à Covid-19 e a vacinação.
Num comunicado enviado às redações, o organismo adianta que «o Primeiro-Ministro não confirmou, em entrevistas e declarações feitas após o anúncio de novo confinamento, o que tinha garantido no dia 13: a realização de rastreios periódicos nas escolas, com o recurso a testes antigénio».
Para além disso, «em relação à vacinação dos professores, António Costa tem fugido à questão remetendo para o grupo de especialistas a responsabilidade das decisões já tomadas, parecendo esquecer que o momento que hoje vivemos é muito diferente do que se vivia quando as prioridades de vacinação foram definidas», acrescenta a Fenprof.
«Os casos diários de novas infeções e óbitos atingem valores elevadíssimos; o país entrou em novo confinamento; as escolas mantêm-se abertas para, segundo o governo, atenuarem as consequências da pandemia nas aprendizagens dos alunos», continua.
Para o organismo, liderado por Mário Nogueira, «o agravamento da situação epidemiológica no país impõe o reforço da prevenção e das medidas de segurança sanitária nas escolas, sob pena de ser posta em causa a saúde dos docentes e de toda a comunidade escolar».
Neste sentido, «não tendo sido tomadas as medidas que se exigiam», foi lançado um abaixo-assinado, cujas assinaturas serão recolhidas a partir desta segunda-feira, tanto «online» como «nas escolas junto dos professores e educadores».
A Fenprof refere ainda na mesma nota que «não acrescentará mais escolas à lista que elaborou no 1.º período porque aguarda que o Ministério da Educação, respeitando sentença do Tribunal Administrativo de Lisboa, disponibilize a informação.
«Todavia, irá acompanhar de perto as situações concretas, quer abrindo uma plataforma para recolha de informação na sua página Web, quer através dos dirigentes e delegados dos seus sindicatos», adianta. «Se as condições exigidas não forem criadas, as escolas poderão, em breve, ter de encerrar sem que o governo tivesse garantido as prometidas condições para o ensino a distância», alerta.
Ainda na idade da pedra. Na era digital ainda se fazem abaixo assinados em papel. Esta gente não progride
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