Início Educação Fecha tudo. Escolas e universidades em casa a partir de sexta-feira

Fecha tudo. Escolas e universidades em casa a partir de sexta-feira

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Os números alarmantes, no dia em que Portugal bateu máximos de novos casos de covid (14 647) e de mortes (219), fizeram aumentar o tom dos apelos para o encerramento. Mas o principal fator a pesar na decisão do Governo foi o crescimento da circulação da variante britânica, mais agressiva para as crianças. Essa informação foi transmitida por especialistas em reunião mantida com as ministras da Saúde e da Presidência, em que o Governo procurou fundamentar, com dados epidemiológicos, a definição do rumo a seguir.

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Os dados sobre a nova variante foram preponderantes na avaliação da equipa que se juntou em torno de António Costa, logo que o primeiro-ministro chegou de Bruxelas. Ainda assim, fonte próxima do Governo sublinha que a decisão não tem por base qualquer consideração de que as escolas sejam fator de propagação: “O principal objetivo é obrigar o país a parar”. Mais do que razões técnicas, pesou a consideração política de que as escolas estavam a servir de álibi para se manterem níveis excessivos de circulação.

 

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, contribuiu para colocar pressão sobre o Governo. Depois de, na véspera, já ter posto a tónica nas escolas, exigiu que a ponderação sobre o fecho fosse feita entre quarta e quinta-feira.

 

De autarcas a responsáveis hospitalares, foram várias as vozes que se juntaram no coro contra a manutenção das escolas abertas. Entre elas a do presidente do PSD, Rui Rio.

 

Pico em fevereiro

 

As previsões dos investigadores apontam para máximos a rondar os 16 mil novos casos diários no início de fevereiro; o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) confirma que 60% das novas infeções no próximo mês serão atribuídas à variante do Reino Unido, mais agressiva para as crianças; e os hospitais não conseguem acomodar mais doentes.