Mais uma denúncia que nos chega ao blogue através de alguém que já se encontra em pleno desespero. Bem sabemos que estes casos não interessam vir a público por serem, dizem, residuais, mas a saúde de todos estes profissionais que lidam com estas questões diariamente deterioram-se de dia para dia sem que ninguém se incomode. A indisciplina há muito que é um cancro em estado avançado em grande parte das escolas públicas. A inclusão, que qualquer pessoa defende sem hesitar, feita de forma atabalhoada e sem meios é indefensável pois só faz com que tudo fique ainda pior e sobretudo não protege os demais…
Ficam excertos do testemunho que, obviamente, pediu anonimato!
Numa denúncia acabada de chegar ao nosso blogue relatamos a situação de um aluno com diagnóstico de autismo nível 1, seja lá o que isso signifique, que tem perturbado todo o funcionamento da escola que frequenta atualmente e já vem com um historial de que já frequentou vários agrupamentos, tendo sido transferido, pois causa sempre problemas.
No historial familiar temos o relato de que a mãe (encarregada de educação) agrediu a Coordenadora do 1º ciclo da Escola Básica…, onde o aluno estudava, o processo foi para tribunal, a EE foi condenada a pagar uma caução de quase três mil euros. Alguns relatos retirados do documento que nos foi enviado.
O documento fala de agressões físicas e verbais a professores, auxiliares e colegas assim como suspensões.
– Uma suspensão de três dias pois o aluno agrediu o professor
– Uma suspensão de dez dias por agressão a um outro professor e por ser reincidente
– Na aula de História o aluno começou a insinuar-se, nomeadamente a nível sexual à colega da turma que está sentada atrás dele, proferindo as seguintes palavras: “Faz-me sexo oral”
– O aluno diz, desde a primeira semana, estar apaixonado por uma das colegas da turma. Desde então ele tem “perseguido” esta colega tanto nos intervalos como dentro da sala de aula. Por vezes faz comentários obscenos à colega e não permite que os colegas se aproximem dela. Chegou mesmo a atirar um colega ao chão só porque este se aproximou da colega para conversar.
– Persegue colegas:
– “continuava a perseguir a sua educanda. A Coordenadora de Escola e o psicólogo da Escola que tem acompanhado o processo do aluno, conversaram com o aluno relativamente ao assunto em epígrafe. Houve um compromisso da sua parte que não iria repetir este seu comportamento, relativo à colega em questão.”; “a Encarregada de Educação da aluno referida, reuniu novamente com a Coordenação da Escola informando que a situação de envio de mensagens continuava, pois a sua educanda já o tinha bloqueado do Grupo Turma do ano anterior pelo que, em consequência, fez queixa à Escola Segura. Esta «perseguição/ obsessão» face à colega, manifestava-se ainda através de outros meios, nomeadamente seguia-a nos intervalos, dirigia-lhe comentários que a intimidavam e que, manifestamente, são do seu desagrado. ““vou-te violar”
– Não respeita as regras básicas da sala de aula:
“Chamou-o várias vezes à atenção, mas este ato não surtiu efeito. Entretanto, os alunos da turma começaram a dizer para ele se calar. Não gostando da reação dos seus colegas ameaçou a turma dizendo “Meto-vos um pau no rabo”.
Para acalmar a situação e uma vez que uma das medidas presentes no seu RTP é permitir ao aluno pequenas pausas, a professora acho que seria melhor ele vir cá fora. Quando estava a sair da sala ameaçou verbalmente a professora, proferindo as seguintes palavras “Dou-lhe um estalo”. “
– “Levantou-se do lugar sem dizer nada, e consequentemente sem pedir autorização e saiu da sala de aula, batendo com a porta.”
Neste sentido, foram implementadas as seguintes medidas:
- a) Acompanhamento psicológico;
- b) Permissão de saída da sala de aula para pequenas pausas (permitir no aluno a autorregulação emocional necessária e compatível com os seus problemas de saúde);
- c) Utilização semanal de um instrumento para o registo/gestão do comportamento do aluno.
Sensíveis a toda a problemática, consideramos importante, no sentido de promover a integração e a adaptação do aluno na nossa escola, acrescentar a medida apoio tutorial, por parte de um Professor com perfil adequado e ajustado às necessidades do mesmo.
Neste momento se vive um clima de insegurança dentro da sala de aula, pois tanto alunos como professores sentiam-se receosos de estar em sala de aula com o aluno. A turma observa este aluno a agredir docentes, assiste à perseguição que ele fazia e faz a colegas. Tudo isto deixa marcas nos alunos e professores que também relatam grande preocupação pela imprevisibilidade e instabilidade emocional do aluno, pois nunca sabem se a aula poderá correr bem ou ser transformada em situações de violência física e verbal.
A ordem como foi dito é importante!
onde estão os sindicatos? ok … ja sei estão a apoiar estas politicas de desculpabilização de má educacao…