Como é nosso apanágio, o ComRegras pretende estar na linha da frente na tentativa de resolver assuntos estruturantes da Educação, esses que, por conveniência de uns e conivência de outros, continuam tão estagnados que até já cheiram a bafio.
A Indisciplina é vista, pela maioria dos profissionais da educação, como um cancro nas escolas portuguesas, é um facto inegável e facilmente comprovável através de variadíssimas publicações e inquéritos feitos nesta casa e noutras. Só a tutela é que despreza este facto.
O Estatuto do Aluno carece de uma revisão sobre esta matéria e acreditamos que ideias e propostas não faltam nem faltarão.
O modelo de gestão adotado nas escolas públicas tem sido criticado sobretudo por ter criado a figura do diretor e a forma como este é eleito, tirando democracia às escolas e tornando-a demasiado centralizada, quando esta deve ser um exemplo em termos democráticos, e as suas decisões e responsabilização tomadas de forma conjunta.
O Conselho Geral funciona como representante de toda uma comunidade educativa, mas na realidade é um grupo restrito que facilmente pode ser condicionado ou ficar dependente de orientações que não são subscritas pela comunidade educativa.
Num inquérito realizado pelo ComRegras em 2016, os próprios diretores afirmaram que gostariam de ser eleitos por uma base mais alargada. Este é um modelo que foi imposto e que não é reconhecido pela comunidade educativa.
Esta nova iniciativa, tal como a sua antecessora, surge sem motivações políticas, partidárias ou sindicais e nunca com o intuito de atacar, ou substituir quem quer que seja. Este é um movimento livre que TODOS, repito, TODOS, estão desde já convidados a participar e onde incluímos naturalmente os sindicatos.
Por favor digam de vossa justiça! Aqui
Alberto Veronesi