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Escolas vão dar aulas em ginásios e auditórios

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Ok, afinal continuaremos na onda das poupanças…


Escolas evitam contratar docentes, para ter continuidade pedagógica. Próximas semanas são teste para setembro.

REGRESSO

Auditórios, polivalentes ou átrios de pavilhões foram transformados
em salas de aula por muitas escolas, para garantir a distância de segurança entre
alunos. Com o aproveitamento destes espaços, evitam ter de reduzir a carga horária
ou desdobrar turmas, o que obrigaria a contratar professores e a quebrar a continuidade
pedagógica.

Segunda-feira, quando recomeçam as aulas presenciais nas disciplinas com exame nacional, no 11.º e  12.º anos, os alunos encontrarão secretárias e cadeiras preparadas, quadros e projetores  prontos para reiniciar as atividades letivas em auditórios e polivalentes, disse, ao JN, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas. Só falta saber quantos, dos cerca de 160 mil alunos dos dois anos letivos, aparecerão na escola. Em Castro Daire, Luís Ferreira informou os encarregados de educação, mas não perguntou se os filhos vão regressar, para não os pressionar. Por isso, disse ao JN, preparou dois cenários. No primeiro, com poucos alunos, as salas tradicionais
chegam. Mas para o caso de (quase) todos aderirem às aulas presenciais, tem preparados
os átrios de dois pavilhões, o polivalente e o auditório, bem como uma sala de tamanho maior.

Desta forma, não precisa de reduzir o tempo letivo nem desdobrar turmas. Luís Ferreira também admite que professores de grupos de risco possam dar aulas pela Internet, enquanto os alunos são acompanhados por um segundo professor, na escola.

No agrupamento D. Dinis, em Lisboa, o diretor José António Sousa vai utilizar o pavilhão,
cuja bancada é retrátil, e espalhar as turmas pelos vários pavilhões que integram a escola. Não terão aulas mais do que seis turmas em simultâneo, no turno da manhã ou no da tarde.
E, tal como Luís Ferreira, não prevê que tenha de contratar professores: na maioria
das disciplinas, a carga letiva será reduzida a dois terços e serão dadas mais horas
aos professores que tinham horário incompleto.

TUBO DE ENSAIO
O regresso parcial à escola servirá para preparar o próximo ano letivo, admite António
Costa. “Estas semanas vão ser muito importantes, não só para concluir este ano letivo, mas, sobretudo, para treinar o próximo ano”, disse à Lusa, numa visita a uma escola de Lisboa.

Contra está a Fenprof, que exige a realização de testes à covid-19 antes do regresso às aulas e voltou a alertar para a desigualdade criada entre os alunos: os que regressam
à escola com toda a carga letiva, os que terão menos horas, os que pertencem a grupos
de risco e terão aulas pela Internet e os que não querem ir para a escola e ficarão
sem aulas.

Fonte: JN