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Escolas são “lugar seguro”. Diretores dizem que problema está do lado de fora

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O primeiro-ministro assume que está preocupado com a velocidade de transmissão das infeções de Covid-19 nas escolas. Em causa está o aumento da prevalência da variante britânica do coronavírus.

Ao contrário do que aconteceu no primeiro período [deste ano letivo], é que, agora, em resultado desta nova variante [britânica], que tem maior transmissibilidade, em regra, quando é comunicado um caso e quando se faz a testagem generalizada, verificam-se logo outros casos”, revelou António Costa, em conferência de imprensa em São Bento.

O chefe do Executivo confirmou que vai ser feito um reforço da testagem nos estabelecimentos de ensino e também um alargamento da vigilância.

À TSF, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas reitera que as escolas continuam a ser um local “muito seguro”, apontando que o problema está fora do recinto escolar.

A escola, na minha opinião, é um lugar seguro, muito seguro. Agora, é evidente que os professores, alunos e funcionários, todos fazem parte da sociedade. Nesse sentido, o primeiro-ministro terá de se preocupar com as escolas, mas muito mais com a sociedade”, refere.

“Temos assistido a situações de adultos fora da escola, nomeadamente junto das zonas ribeirinhas, das praias, que nos envergonham. Às vezes apetece-me pegar nesses adultos e ‘enfiá-los’ dentro da escola”, lamenta Filinto Lima.

Quanto ao reforço da testagem, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas revela que os testes serão realizados apenas quando os alunos do secundário regressarem às aulas presenciais. “É para alunos com 15 e mais anos, ou seja, quando chegarmos a essa fase de desconfinamento que envolve os alunos do secundário, se os pais entenderem, os alunos poderão ser testados.”

Portugal registou hoje duas mortes relacionadas com a Covid-19 e 874 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor mais elevado desde o início de março, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim epidemiológico da DGS revela que estão internados 504 doentes (menos 32 do que na segunda-feira), o mais baixo desde 19 de setembro, dia em que estavam internadas 497 pessoas.

Nos cuidados intensivos, Portugal tem hoje 113 doentes, mais um em relação a segunda-feira, valor mais baixo desde 07 de outubro, dia em que estavam internadas nestas unidades 104 pessoas.

TSF