O plano de desconfinamento apresentado na quinta-feira pelo primeiro-ministro obedece a uma lógica: para o país avançar no sentido do desconfinamento é visto como um todo e são analisados os indicadores a nível continental (excluindo Madeira e Açores); para travar ou voltar atrás, o que conta são os indicadores regionais. A regra aplica-se inclusivamente às escolas.
Mas a ideia é evitar ao máximo o encerramento total. É prestar muita atenção à estrada para travar a tempo, se necessário, sem chocar com uma realidade que obrigue a voltar ao ponto de partida. Se assim for, contrariedades momentâneas ou localizadas, poderão ser contornadas como um buraco na estrada, que atrasa mas não obriga a voltar atrás. Assim, pretende-se que, mesmo que o Rt suba um pouco acima de 1 ou a incidência ultrapasse muito os 120 casos por 100 mil habitantes, em determinado sítio e em determinado momento, seja possível no mínimo não sair da etapa em que entramos na segunda-feira. Aquela que tem escolas abertas até ao 1.º ciclo, cabeleireiros, livrarias e comércio ao postigo a funcionar.
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