Existem medidas ao nível da Educação que os Sindicatos têm feito o apelo ao Ministério da Educação e não custam dinheiro, mas devem ser planeadas:
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Promover a desburocratização dos procedimentos, saiu o despacho N.º 2/2023 no qual o Governo publicou as primeiras medidas de simplificação e modernização administrativa a implementar nos estabelecimentos de educação e ensino da rede pública do Ministério da Educação. Mas não devem ser obrigatórias, dado que o Governo na alínea I ) do mesmo despacho se pode ler:
“l) Concretizar o Prémio Simplex para as escolas, distinguindo as mais pró-ativas na eliminação de burocracia ao nível da gestão pedagógica e da partilha de boas práticas; “
O Governo não tem sugestões, ou soluções devem ser as escolas, o Director e o Corpo Docente é que as devem pensar, testar e apresentar.
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Colocação dos docentes no início de Agosto, porque quando os Professores quando são colocados tem de fazer uma série de ações :
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Procurar casa;
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Procurar escolas para os filhos;
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Tirar o passe, ou perceber como se vai para a Escola dependendo do local que consegue casa;
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Pedir os manuais escolares às Editoras;
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Preparar os Primeiros instrumentos de avaliação formativa;
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Fazer o reconhecimento do território para eventual preparação de visitas de Estudo para o Plano Anual de Atividades.
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Fazer a inscrição em Ações de Formação no Centro de Formação no qual a sua Escola está vinculado.
Os Professores são Profissionais altamente qualificados mas mesmo assim é difícil tomar essas decisões em dois dias, que é o tempo que têm desde a colocação até se apresentarem ao Serviço na Escola. Assim como não é por decreto ou por despacho que se ensina também não é por decreto que se faz simplificação e modernização administrativa.
Os Professores é que vão pensar como desburocratizar?
Os Professores devem pensar nas atividades para os alunos e estar concentrados na vertente pedagógica e científica do seu trabalho que é : Ensinar os alunos.
Um professor não é um tecnocrata.
Mais uma vez um despacho para ser pensado pelos Professores e que deveria ter sugestões / soluções pensadas pelos inúmeros especialistas pagos a peso de ouro que fazem parte da equipa do Ministério da Educação.
3) Ao nível do Currículo: Os alunos aprendem as mesmas áreas disciplinares que eu estudei. Na minha ótica, a disciplina de TIC deveria ser inserida no 5º ano como disciplina anual. As atividades de empreendedorismo, organização de eventos e conferências interpares ou voluntariado poderiam ser promovidas. Na verdade, os conhecimentos dos alunos na área das TIC: tirar fotografias e inserir nas redes sociais. Isto é carregar em botões.
As temáticas e o Ensino não sofreram inovação nos últimos 40 anos. O Ensino do Século 21 é igual ao Ensino do século 20 só que passou a ser para toda a população.
As minhas propostas seriam:
Os jovens devem até ao 7 º ano estudar todas as áreas;
No 8º ano os alunos devem escolher as disciplinas que querem estudar. A liberdade requer responsabilidade. Escolher e ter sucesso. Não podem escolher e depois transitar com negativas.
Eu estudei música e artes e percebi logo que não eram as áreas que eu mais gostava. Eu na Escola gostava de Matemática, Ciências, Geografia e História.
As aulas tinham início às 9h da manhã e terminaram às 16 h ;
As aulas teórico – práticas seriam da parte da manhã;
As aulas práticas da parte da tarde.
Muitos falam que o Ensino deve sofrer uma reestruturação, que os alunos não aprendem como os seus pais aprenderam, que os jovens têm outras competências e eu e os da minha geração não tínhamos.
Mas para os alunos a Escola é igual à dos seus Pais, tem os mesmos espaços, os mesmos corredores, as mesmas salas, a inovação e a Escola do Futuro não se faz com a mudança de mobiliário, mas sim com a mudança das temáticas.
Agora que existe em Portugal um Governo de maioria absoluta cabe também aos Encarregados de Educação, Alunos e Professores de promoveram a Escola que querem em conjunto com o Ministério da Educação.
Basta alguém lançar a primeira pedra na construção da Escola que todos desejam.
Estas medidas não custam dinheiro, é necessário vontade.