Início Educação É na “batalha” da educação que é necessário que estados sejam “exigentes”

É na “batalha” da educação que é necessário que estados sejam “exigentes”

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“Estamos numa curva da nossa história e não podemos tirar as mãos do volante, temos de agir, porque aqui não há condução automática que nos valha”, afirmou o governante na sessão de encerramento da sessão de trabalho paralela à Cimeira Social, que decorre esta sexta-feira, no Porto, intitulada “Qualificações e Inovação”.

Para o titular da pasta da Educação, é na “batalha” da educação e das competências que é necessário que os estados sejam “absolutamente exigentes uns com os outros”.

É “absolutamente fulcral” a centralidade social da educação, frisou.

“Sem educação e sem competências apropriadas das duas uma ou não temos transições climáticas e transições digitais ou, basicamente, os mais vulneráveis serão irremediavelmente atropelados por estas transições”, ressalvou.

Para Tiago Brandão Rodrigues, a educação é a “própria reconstrução e reconstrutora do social” e tem de ser “obrigatoriamente” inclusiva.

A educação só existe se estiver sintonizada com o seu tempo, ou seja, o tempo dos desafios centrais, das alterações climáticas e da digitalização, sublinhou.

“Os Estados-membros, as instituições, os parceiros sociais e, acima de tudo, a sociedade civil entenderam que a educação não prescreveu e que é uma medicina aperfeiçoada ao longo dos milénios, sem contraindicações ou efeitos secundários”, afirmou.

O ministro da Educação considerou ainda que é importante a “ambição para alcançar as metas e objetivos”, mas também a exigência para se poderem alcançar.

A Cimeira Social decorre hoje no Porto com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.

Também presentes no evento, que decorre em formato ‘online’ e presencial na Alfândega do Porto, estão os presidentes do Parlamento Europeu, David Sassoli, do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assim como os vice-presidentes executivos da Comissão Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, o Alto Representante Josep Borrell e os comissários Elisa Ferreira, Mariya Gabriel e Nicolas Schmit, além de outros líderes políticos e institucionais, parceiros sociais e sociedade civil.

Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social tem no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, da situação de risco de pobreza e exclusão social.