Portugal continental registava, na segunda-feira, 14 de Junho, 241 surtos activos. Os dados foram enviados nesta terça-feira ao PÚBLICO pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Na resposta escrita, a DGS considera que “estes dados contrastam drasticamente com o máximo de surtos activos registado em Fevereiro de 2021, quando chegaram a existir em Portugal continental 921 surtos activos”.
A maior parte dos 241 corresponde à região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). A Administração Regional de Saúde (ARS) de LVT tem registo de 168 surtos activos; segue-se a ARS Norte, com 30; a do Algarve, com 23; a do Alentejo, com 13; e a do Centro, com sete.
Quanto a surtos activos em estabelecimentos de educação e ensino dos sectores público e privado (escolas, ensino superior, creches e outros equipamentos sociais) contam-se 84. “À data do reporte, existiam 514 casos de covid-19 acumulados nesses surtos activos, que dizem respeito a alunos, profissionais e coabitantes dos mesmos, parte dos quais já estarão recuperados. Trata-se de um número significativamente inferior ao início do ano, ou seja, no período em que as actividades lectivas presenciais ainda decorriam, em que se chegaram a registar 190 surtos”, lê-se na resposta da DGS.
Lares com cinco surtos
Há ainda cinco surtos em lares. “Na mesma data de reporte existiam 23 casos de covid-19 resultantes destes surtos, parte dos quais já estarão igualmente recuperados. Também neste sector a redução do número de surtos tem sido significativa”, nota a DGS, lembrando que, em Fevereiro, Portugal registou “o maior número de surtos activos” em estruturas residenciais para idosos/instituições particulares de solidariedade social: 405. “A diminuição drástica neste contexto demonstra a importância que a vacinação tem tido no controlo da pandemia e na protecção da população mais vulnerável”, assinala esta autoridade nacional.
Um surto activo, explica a DGS, é constituído “por dois ou mais casos confirmados com ligação epidemiológica entre si no tempo e no espaço”, e “só depois de terem decorrido 28 dias após a data do diagnóstico do último caso confirmado (dois períodos de incubação sem novos casos) é que o surto é dado como encerrado”.
Segundo dados recolhidos pelo PÚBLICO, há pelo menos 8700 alunos em casa, em isolamento, por causa da covid-19. A DGS voltou a dar dados sobre surtos em escolas, depois de várias semanas sem o fazer. A última vez que o fez foi a 8 de Abril, nessa altura tinham sido registados 47 surtos em duas semanas.
Público
