No dia último do ano recordamos, fazendo uma retrospetiva, o atípico que foi. Para a grande maioria de nós foi o ano mais estranho pelo qual passámos e que agora dele nos despedimos, parece-me, sem grande saudade.
Sobre o que foi o ano que passou já muito foi escrito pelo que urge apontar baterias para o futuro. Planificar, planear, preparar e corrigir aquilo que por uma ou outra razão ainda não foi feito. Falarei, portanto, dos meus desejos para a área da Educação e que aos sindicatos cabe a tarefa de lutar por eles.
Usando a tradição de a cada passa pedir um desejo, ou dois, ou mesmo três, permita-me que avance com os meus:
– Reabrir a discussão da recuperação do tempo de serviço efetivamente prestado;
– Rever valores remuneratórios da carreira docente por forma a valorizar a carreira, ajudando-a a tornar-se mais apelativa;
– Resolver a injustiça do intervalo de horários dos professores contratados;
– Revisão do diploma de concursos evitando ultrapassagens;
– Eliminar cotas no nas vagas para progressão aos 5.º e 7.º escalões;
– Criação de um regime específico de aposentação;
– Reconhecer a especificidade dos monodocentes e agir em concordância;
– Rever regras de concurso nomeadamente na forma de ingresso na carreira;
– Os horários de trabalho;
– Impedir a municipalização nos termos em que está a ser feita;
– Democratizar a eleição dos órgãos de gestão das escolas e limitar mandatos;
– Rever todo o diploma da ADD;
– Desenvolver um plano nacional de combate à indisciplina, trabalhando a montante e não só a jusante;
É urgente debater a Educação, estatal e privada, sem dogmas, sem ideologias bloqueadoras de progresso.
Mais haveria, com certeza, mas estas parecem-me ser as mais urgentes…