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DAS PROVAS, EXAMES E TRABALHO ESCRAVO… Luísa Amaral

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DAS PROVAS, EXAMES E TRABALHO ESCRAVO…
Ainda sou do tempo do velhinho GAVE de 1997… Aquele que me fez supervisora de provas, depois de formação intensiva, em Lisboa, me preparou para dar formação aos colegas classificadores e me condenou a ser para sempre classificadora de provas e exames… Do tempo em que os professores não podiam receber mais do que 60 provas, entre as 2 fases e ganhavam, embora pouco, por prova corrigida. E assim foi…até ao governo de Sócrates, quando em 2010 surge o despacho 18060 que torna a função de classificação inerente ao serviço docente, consagrado no ECD e “não havendo lugar a qualquer remuneração adicional pelo exercício das mesmas”.
Mas como qualquer bom negócio em Portugal, o velho gabinete, era isso o que significava o G da sigla, ganhou importância e evoluiu para Instituto, dando origem ao IAVE. O negócio continuou a “tentacular”, criando – se para o efeito, um Júri, expressão que institui credibilidade a qualquer processo, o Júri Nacional de Exames. Mas o lobbie não ficou por aqui e surgem as delegações regionais do JNE, as 35 atuais. Toda esta gente, do JNE às delegações regionais nomeada por despacho….
Mas um negócio envolve números… senão vejamos apenas os mais pequenos… Quanto ganha quem está nas delegações regionais?
Já, em 2018, o ministro da educação, que tantas saudades nos deixou, instituía os seguintes montantes:
Coordenadores de delegações regionais JNE ….3.572,85 €
Técnicos e docentes com funções de
coordenação nas delegações….. 2.101,67€
Docentes que integram as equipas . . . . . . . . . . . . 1.681,34€
O ano transato, com toda a celeuma que a luta provocou e a polémica em redor das provas digitalizadas, justificava- se um despacho em dezembro, com um aumento pelo silêncio e lealdade…e os montantes foram atualizados:
Técnicos e docentes, com funções de coordenação…..2.493, 99€
Docentes que integram as equipas…1.995, 19€
Dir- me- ão que é um trabalho de grande responsabilidade e sigilo e as pessoas devem ser pagas. Não discordo.
Mas como classificariam o trabalho dos professores/classificadores?! Então, por que não somos pagos?!
Está mais do que na hora de terminar este trabalho escravo de há 14 anos a esta parte e os sindicatos tomarem uma posição, relativamente ao assunto!
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