Há cada vez mais a necessidade de lutar por uma gestão escolar mais democrática, na qual os professores tenham voz ativa e autonomia para contribuir com as suas ideias e experiências no processo educativo. A Castração é cada vez maior, passámos de inteletuais a operários. As decisões top-down adoecem as escola, afastam os professores que não se comprometem.
Esta abordagem autocrática de grande parte dos diretores leva à desmotivação e ao esgotamento dos profissionais da educação. E não, não é só a tutela! São os/as diretores/as que querem muitas vezes ser mais papistas que o papa. A dinâmica hierárquica rígida e a falta de confiança na autonomia do professor podem ter efeitos prejudiciais significativos no ambiente escolar.
Quando os diretores impõem decisões de cima para baixo, sem considerar a experiência e as opiniões dos professores, geram um sentimento de desvalorização e desmotivação entre os professores. Essa falta de confiança no trabalho do professor não apenas mina a autoestima e a motivação, mas também pode impactar diretamente a qualidade do ensino.
Os professores são os profissionais mais próximos dos alunos e têm uma compreensão íntima das necessidades individuais e coletivas de aprendizagem. Negar-lhes a autonomia e a voz na tomada de decisões pedagógicas pode limitar a inovação e a adaptação necessárias para atender às necessidades dos estudantes.
Além disso, um ambiente escolar onde as decisões são impostas de cima para baixo muitas vezes cria um clima de desconfiança e tensão entre a equipa. A falta de comunicação e colaboração pode prejudicar o trabalho em equipa e a coesão dentro da escola, afetando não apenas os professores, mas também a experiência educativa dos alunos.
Para construir um ambiente escolar saudável e produtivo, é fundamental promover uma cultura de confiança, colaboração e respeito mútuo. Isso implica dar voz aos professores, envolvê-los ativamente na tomada de decisões, reconhecer e valorizar as suas contribuições e promover uma liderança mais horizontal, onde as decisões são tomadas de forma participativa e democrática, levando em consideração as diferentes perspectivas e experiências dos professorres e especificidades do ciclo de ensino.