Nada a fazer, após a reunião de hoje que juntou, técnicos de saúde, líderes partidários e as mais altas figuras do estado e que foi inconclusiva, a decisão é para manter. No entanto há creches que só irão abrir após a receção dos resultados dos testes.
Continuo a achar que o risco poderá não compensar, pois o governo admite que que avançará para o desconfinamento sem certezas sobre contágios.
Inconclusiva. Se há palavra que pode resumir a reunião que juntou, mais uma vez, técnicos de saúde, líderes partidários e as mais altas figuras do Estado, é esta. Ainda não é possível medir o impacto da primeira fase do plano de desconfinamento desenhado pelo Governo: primeiro porque são precisos 14 dias para avaliar o impacto do desconfinamento (e só passaram nove), depois porque os portugueses estão a mostrar alguma resistência em sair de casa.
Creches vão mesmo abrir
Acontece que a segunda fase é nuclear na estratégia de António Costa: é nessa altura que vão reabrir, por exemplo, restaurantes, escolas e creches. Na reunião do Infarmed, o Governo deu garantias de que estão garantidas todas as condições de segurança necessárias para a reabertura de escolas e creches, conta ao Expresso fonte que participou nas reuniões.
O facto de não haver segurança científica para suportar a decisão de continuar com plano é, naturalmente, um risco. “Estamos no fio da navalha”, assumiu o social-democrata Ricardo Batista Leite, nas declarações aos jornalistas. A taxa média de contágios (conhecida por R) é superior a 1 em algumas regiões, como Lisboa e Vale do Tejo, e 0,91 no Norte do país. Se o R começar a aumentar muito ou de repente começarmos a ter 300, 400, 500 caso diários de forma consistente é preciso cautela. O surto está aparentemente controlado, mas a situação é frágil.
Fonte: Expresso