Um número crescente de escolas em todo o mundo está suspendendo as aulas para ajudar a conter novas contaminações pelo covid-19. Em face ao fechamento temporário dos colégios, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, publicou 10 recomendações sobre ensino a distância.
Segundo dados da agência, a suspensão já atinge 14 países* afetando 296 milhões de alunos, um número sem precedentes. A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, disse que “o encerramento temporário de escolas não é inédito, mas infelizmente a escala e a velocidade desta interrupção não têm paralelo.”
Nesta quarta-feira, a Unesco organiza, em Paris, uma reunião de emergência com ministros da Educação para partilhar estratégias e respostas que asseguram a continuidade do ensino apesar das ameaças do novo coronavírus.
Escolha as tecnologias mais adequadas de acordo com os serviços de energia elétrica e comunicações da sua área, bem como as capacidades dos alunos e professores. Isso pode incluir plataformas na internet, lições de vídeo e até transmissão através da televisão ou rádio.
2 – Assegure-se de que os programas são inclusivos
Implemente medidas que garantam o acesso de estudantes de baixa renda ou com deficiências. Considere instalar computadores dos laboratórios da escola na casa dos alunos e ajudar com a ligação à internet.
3 – Atente para a segurança e a proteção de dados
Avalie a segurança das comunicações online quando baixar informação sobre a escola e os alunos na internet. Tenha o mesmo cuidado quando partilhar esses dados com outras organizações e indivíduos. Garanta que o uso destas plataformas e aplicações não violam a privacidade dos alunos.
4 – Dê prioridade a desafios psicossociais, antes de problemas educacionais
Mobilize ferramentas que conectem escolas, pais, professores e alunos. Crie comunidades que assegurem interações humanas regulares, facilite medidas de cuidados sociais e resolva desafios que podem surgir quando os estudantes estão isolados.
5 – Organização do calendário
Organize discussões com os vários parceiros para compreender a duração da suspensão das aulas e para decidir se o programa deve centrar em novos conhecimentos ou consolidação de currículo antigo. Para organizar o calendário é preciso considerar as áreas afetadas, o nível de estudos, as necessidades dos alunos e a disponibilidade dos pais. Escolha metodologias de ensino de acordo com as exigências da quarentena evitando métodos de comunicação presencial.
6 – Apoie pais e professores no uso de tecnologias digitais
Organize formações e orientações de curta duração para alunos e professores. Ajude os docentes com as condições básicas de trabalho, como rede de internet para aulas por videoconferência.
7 – Mescle diferentes abordagens e limite o número de aplicações
Misture as várias ferramentas disponíveis e evite pedir aos alunos e pais que baixem ou testem demasiadas plataformas.
8 – Crie regras e avalie a aprendizagem dos alunos
Defina regras com pais e alunos. Crie testes e exercícios para avaliar de perto a aprendizagem. Facilite o envio da avaliação para os alunos, evitando sobrecarregar os pais.
9 – Defina a duração das unidades com base na capacidade dos alunos
Mantenha um calendário de acordo com a capacidade dos alunos se concentrarem sozinhos, sobretudo para aulas por videoconferência. De preferência, cada unidade não deve exceder os 20 minutos para o ensino primário e 40 minutes para o ensino secundário.
10 – Crie comunidades e aumente a conexão
Crie comunidades de professores, pais e diretores de escolas para combater o sentimento de solidão e desespero, facilitando a troca de experiencias e discussão de estratégias para enfrentar as dificuldades.
*Armênia
Azerbaijão
Barém
China
República Popular Democrática da Coréia
Geórgia
Irã
Itália
Japão
Kuwait
Líbano
Mongólia
República da Coréia
Emirados Árabes Unidos
Fonte: ONU News