Início Educação Covid-19. Abertura das escolas já se reflete nos números

Covid-19. Abertura das escolas já se reflete nos números

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As creches e as escolas primárias abriram há três semanas e o investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa já nota os seus efeitos. Avaliando os dados da Direção Geral da Saúde sobre a taxa de incidência a sete dias por 100 mil habitantes, por faixas etárias, Carlos Antunes conclui já um aumento entre os zero e os cinco anos e os seis e os 12, avança ao Público.

Segundo o investigador, a 21 de março verificou-se logo a subida da incidência de casos entre crianças dos zero aos cinco anos e, a 26 de março, dos 6 aos 12. “São os únicos que estão a aumentar a incidência”, afirmou Carlos Antunes. No entanto, refere, estes aumentos “não fazem disparar a incidência global” o que significa que não é ainda “preocupante”.

Com a abertura do segundo e terceiro ciclos esta segunda-feira, os números também deverão refletir-se nestas faixas etárias, entre os 13 e os 17 anos.

Segundo a matriz de risco divulgada esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, no continente o R(t), ou seja o índice de transmissibilidade, atingiu o 1, o que significa que  país está no limite da zona verde dessa matriz. E este é, para o investigador, “o primeiro semáforo” no caminho do desconfinamento.

Ao mesmo jornal, o matemático Óscar Felgueiras reconhece que há já um conjunto de concelhos a sul (Algarve e Alentejo), também segundo os dados da DGS, com uma elevada taxa de incidência que do seu ponto de visto não devia ter avançado nesta segunda fase de desconfinamento. O mesmo defende o epidemiologista Manuel Carmo Gomes ao Jornal i (link não disponível). “Devíamos estar com um espírito mas aberto para ter de pausar, se necessário for, ou adiar a decisão de dias 19 por mais uma semana ou 15 dias”, disse.

Observador