Início Educação Costa está “preocupado” com transmissão do vírus nas escolas

Costa está “preocupado” com transmissão do vírus nas escolas

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O primeiro-ministro, António Costa, referiu nesta terça-feira que as escolas são um dos motivos de preocupação nesta fase da pandemia e que o Governo está “muito atento” aos casos de transmissão nos estabelecimentos de ensino já abertos, sobretudo por causa da variante detectada no Reino Unido – que é mais transmissível e representa já 82,9% dos casos em Portugal. “Obviamente que estamos preocupados”, admitiu.

 

“O que de facto é novo é que, fruto desta nova variante e da sua maior transmissibilidade, quando é comunicado um caso [numa escola], quando se faz a testagem generalizada, se verifica que já há outros casos”, explicou António Costa numa conferência de imprensa, ao início da tarde. Daí que “sejam testadas as respectivas famílias” e que haja necessidade de “alargar o universo de vigilância”

O primeiro-ministro referiu ainda que, como medida de prevenção, o pessoal docente e não docente foi testado antes da abertura das creches e escolas do 1.º ciclo, a 15 de Março (os alunos do 2.º e do 3.º ciclos voltaram às escolas nesta segunda-feira, 5 de Abril). Segundo os dados avançados em Março pelo Ministério da Educação, foram detectados 80 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 nos 82 mil testes feitos a professores e trabalhadores não docentes do pré-escolar e 1.º ciclo– o que correspondia a uma taxa de positividade inferior a 0,1%.

 

António Costa ressalvou que está em curso a vacinação em massa destes funcionários do pré-escolar e 1.º ciclo – que deverá estar concluída no próximo fim-de-semana, avançou. Também os técnicos das AEC (Actividades de Ensino Curricular) e ATL estão incluídos nesta fase de vacinação.

 

As declarações do chefe do Governo foram feitas após uma reunião por videoconferência com os presidentes dos municípios do continente com incidência acima dos 240 casos por 100 mil habitantes a 14 dias – uma das “linhas vermelhas” definidas pelo Governo que podem travar o processo de desconfinamento nesses concelhos. “Desde o início está previsto” que os concelhos possam desconfinar a velocidades diferentes – a não ser no caso das escolas, cujas medidas são de “âmbito nacional”, indicou o primeiro-ministro.

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