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Confinamentos locais não impedem retoma presencial do ensino secundário

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Portugal deverá entrar na terceira fase de desconfinamento na próxima segunda-feira, mas, devido ao aumento de casos em algumas zonas do país, o Governo pondera introduzir confinamentos locais nos 22 concelhos de riscos e áreas contíguas. Mas, mesmo nestas regiões, o ensino secundário deverá retomar as aulas presenciais tal como o previsto avança o Público, enquanto o regresso presencial ao ensino superior depende da decisão de cada universidade.

O Conselho de Ministros decidirá travar o desconfinamento em alguns locais esta quinta-feira, segundo o jornal, tal como Marcelo Rebelo de Sousa já tinha admitido, na declaração ao país desta quarta-feira, a possibilidade de confinamentos locais, de modo a salvaguardar o verão e o outono do próximo ano. O Presidente da República assinalou que “o caminho que se segue ainda vai ser trabalhoso”, “sobretudo nas áreas com situação mais críticas e no resto do território para evitar a subida dos números, agora estabilizados”.

 

O Governo preferia aplicar uma estratégia nacional de desconfinamento, mas o aumento de casos em alguns concelhos obriga a que haja um isolamento das cadeias de contaminação e um aumento da testagem nesses locais, continua o diário. Marta Temido lembrou, no final da reunião do Infarmed desta terça-feira, que “a estratégia de desconfinamento” consiste numa “proposta gradual, de ritmo lento, para ir adequando às situações epidemiológicas”. 

À exceção da retoma do ensino presencial no secundário, nos 22 concelhos de risco e áreas contíguas — que apresentam uma incidência média de novas casos de 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias e um Rt superior a 1 –, deverão manter-se as medidas aplicadas na segunda fase de desconfinamento.

O resto do país deverá passar para a terceira fase do desconfinamento, que inclui a abertura de todas as lojas e centros comerciais. Na restauração, também se poderão servir refeições no interior dos estabelecimentos, desde que se sentem em cada mesa quatro pessoas. Nas esplanadas, o limite passa a ser de seis pessoas por mesa. Salas de espetáculo, incluindo cinemas e teatros, também reabrem, bem como regressam os eventos exteriores. Os casamentos e batizados também passam a estar permitidos com lotação de 25% dos recintos.

Observador