Início Educação Confinamento total no início de dezembro. Só escolas ficam abertas

Confinamento total no início de dezembro. Só escolas ficam abertas

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Nas duas primeiras semanas de dezembro, que incluem os feriados de 1 e 8 de dezembro (com duas pontes), o Governo está a ponderar um confinamento igual ao de março. Ou seja, tudo fechado, incluindo comércio, restauração, cinemas, menos as escolas. À semelhança do que aconteceu no primeiro confinamento, também aqui o teletrabalho será obrigatório sempre que possível. A grande diferença, desta vez, é que o ensino continuará a ser feito de forma presencial. Só se houver “alterações de fundo” é que essa decisão poderá ser alterada.

O Observador contactou várias fontes que estiveram nas diversas reuniões que o Governo promoveu esta quinta e sexta-feira para decidir as próximas medidas de resposta à pandemia em Portugal. E soube que o cenário do maior confinamento foi colocado como uma medida para “salvar” o Natal. Ou seja, agir já para não ter de aplicar iguais restrições numa época de maiores movimentações e contactos.

Durante o Conselho de Ministros extraordinário previsto para este sábado, vão ser afinadas as medidas a tomar para a próxima quinzena. O recolher obrigatório, presumivelmente entre as 23h e as 6h da manhã, para o país todo, é uma das hipóteses que está sobre a mesa, mas para a qual não há ainda consenso. Ao que o Observador apurou para aplicar esta medida é necessário que o Presidente da República, em articulação com o Governo, decrete o estado de emergência (para efeitos de cobertura constitucional). E António Costa pode não querer gastar essa “bala” já.

O que é certo é que haverá, já a partir de domingo, semi-confinamentos locais nos concelhos de maior risco. O critério que está a ser utilizado para definir que concelhos vão ser abrangidos é o da taxa de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Se um concelho ultrapassar os 240 novos casos por cem mil habitantes fica “automaticamente” sob as restrições mais apertadas:

Comércio e restauração a fechar às 22h;

Teletrabalho obrigatório “sempre que possível”;

Limitação de circulação entre concelhos.

A revisão destas medidas tem de ser feita, como até aqui, de 14 em 14 dias.

Ou seja, todas as medidas que estão atualmente em vigor nos concelhos de Felgueiras, Paços de Ferreira e Lousada, passam a ser replicadas a todos os municípios que entrem no critério dos 240 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias — critério europeu que está a ser usado em vários países. A média nacional está esta sexta-feira em 384,5, dia em que se bateram os máximos em todos os parâmetros: óbitos, novos casos, hospitalizações e internamentos em UCI.

Observador

1 COMENTÁRIO

  1. Não seria mais lógico, já que se fala em confinamento ser geral?!
    Na minha opinião em relação às escolas, sendo mãe, poderiam chegar a acordo com todos os pais/encarregados de educação, os que têm condições para ficar com os filhos em casa, os mesmos terem aulas à distância? Não pedimos qualquer tipo de subsídio para o efeito.
    Só queremos puder dar segurança aos nossos filhos e cohabitantes. Pois deveríamos ter direito de escolha, (deveríamos de ter direito em lutar pela nossa segurança, saúde e vida).

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