Se ainda não percebeste qual o objetivo último dos mapas interconcelhios, da transferência de competências para as câmara, acorda. Basta leres com atenção as entrelinhas das entrevistas dos presidentes de câmara, Rui Moreira no Porto, dos vereadores, Anacoreta Correia em Lisboa, e perceber que enquanto a política não tomar de assalto as escolas e os seus cargos para distribuir aos boys não ficarão satisfeitos.
Continuemos impávidos a aguardar milagres em vez de mostrar que não queremos!
Será a morte do concurso e da profissão como a conhecemos
Fica um excerto da notícia do Expresso
João Barbosa
VIDROS E PAREDES
Em entrevista ao Expresso no verão, Carlos Moedas tinha sinalizado o descontentamento referindo-se ao processo na área da educação, que avançou antes da saúde e da ação social, que estão previstas para o próximo ano. Anacoreta Correia lembra-o agora. “Temos uma má experiência na educação”, onde, além de uma transferência “deficitária” em termos orçamentais, a CML ficou apenas com a “gestão operacional”. O executivo queria mais. “A gestão dos recursos humanos, por exemplo, dos professores. A gestão de algumas matérias pedagógicas”, exemplifica. Para o também responsável pelo pelouro das Finanças de Lisboa não faz sentido que matérias como a escolha dos diretores das escolas sejam competência do Governo “e depois a câmara tenha de gerir se as paredes estão pintadas ou os muros arranjados”.
