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Atenção Professores | EMA admite possível ligação entre vacina da Astrazeneca e casos raros de formação de coágulos.

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O comité de farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) concluiu mais uma etapa de avaliação de risco associada à vacina da Astrazeneca e a ocorrência de episódios raros de formação de coágulos sanguíneos e por agora são duas as constatações: há uma “possível ligação a casos muitos raros de episódios invulgares de coágulos sanguíneos associados a uma diminuição das plaquetas”, mas os “benefícios continuam a superar os riscos”, que são muito reduzidos. Ainda assim, a vacina desenvolvida pela Astrazeneca e pela Universidade de Oxford passará a contar como efeitos adversos “muito raros” estes episódios tromboembólicos.

Ainda de acordo com as conclusões da EMA, a análise a 62 episódios de tromboses venosas no seio cavernoso cerebral e outros 24 episódios raros de tromboses num total de 25 milhões doses administradas (até 22 de março) permitiu concluir que se verificaram sobretudo duas semanas após a vacinação e entre mulheres com menos de 60 anos.

Ainda esta tarde, os ministros da Saúde da União Europeia vão discutir as conclusões do comité de avaliação de risco da EMA, numa reunião marcada para as 17h00, por videoconferência e que será presidida por Marta Temido, já que foi agendada pela presidência portuguesa do conselho da EU.

A ideia será evitar a tomada de decisões sobre a administração desta vacina de forma isolada, levando a que uns países imponham limitações diferentes ou mesmo a suspensão da vacina, enquanto outros decidam outras vias, gerando ainda mais confusão e desconfiança sobre uma vacina com a qual todos os estados-membros estão a contar para fazer avançar os seus planos de vacinação.

Só no caso de Portugal, as encomendas totalizam quase sete milhões de doses. Até agora foram administradas perto de 400 mil, sendo que no próximo fim de semana se prevê a inoculação de cerca de 200 mil pessoas – professores e funcionários de creches e de escolas básicas e secundárias – com esta vacina.

Expresso