Sempre defendi turmas plurais, sempre lutei contra turmas “ninho”, turmas de Perfil, geralmente para “se estragar só uma casa”, geralmente entregue “ao contratado”, sem nenhum compromisso da escola perante estes alunos…a pensar!
Ao cuidado dos defensores de Turmas de Perfil – “Separar os bons dos maus alunos é uma burrice!” – por Eduardo Sá
Isso é uma aparência democrática. Uma falsa premissa da democracia, se lhe quisermos chamar! Na verdade, uma turma de nível, por muito reprovável que a ideia de rotular pareça, e o perigo de abertura de preconceitos, permite que um conjunto de alunos com dificuldades semelhantes sejam acompanhados com as estratégias adequadas às suas dificuldades. Quem diz dificuldades, diz indisciplina; diz estilos de aprendizagem; diz recursos adequados; diz interesses comuns; diz um problema em comum. Uma turma de nível não significa prontamente pôr os maus alunos todos juntos. Significa apenas juntar um conjunto de alunos que podem funcionar muito bem juntos. Os grupos terapêuticos tem o mesmo objetivo e efeito senhor E.S… Você devia saber disso. Todos sabemos que é impossível respeitar perfeitamente os estilos e ritmos de aprendizagem de 30 alunos na forma como o nosso ensino está construido. Por outro lado, permite que os melhores alunos possam evoluir em turmas onde se consegue exigir mais, para um dia podermos ter brilhantes médicos, engenheiros, psicólogos… Não podemos estar sempre a atrasar os melhores alunos com o peso – e perda de tempo sobre a indisciplina – dos alunos menos ajustados ao sistema. O sistema tem de se ajustar? Tem. Esta é uma das formas.
Concordo….em abstracto!…..na concretização diária, ponderados os meios que a Sociedade canaliza para a Educação pública e a pressão que exerce sobre os métodos quantitativos redutores de avaliação, vulgo, exames; não é equitativa esta visão desejável de uma igualdade de oportunidades cega e determinista!
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