Se não é propaganda, o que será! O Ministro da Educação que diz não ter tempo para “negociar” ou debruçar-se sobre assunto nenhum que diga respeito a problemas estruturais da educação, vai gastar horas em propaganda governamental ao programa matutino mais visto em Portugal.
Entre várias barbaridade que disse retiro algumas ideias que ficam:
O balanço é muito positivo, pelos relatos dos professores e famílias, todos se estão a esforçar muito para que tudo funcione bem.
A escola tem um papel social e por isso abrimos 700 escolas abertas prontas a receber os alunos filhos de profissionais de primeira linha.
Todos os alunos com necessidades educativas especiais e terapias estão a receber o apoio nas próprias escolas assim como os alunos para os quais é impossível terem ensino remoto ou aqueles referenciados pela CPCJ.
Com segurança estes alunos podem ir à escola porque quase que podem estar quase um sozinho na sua sala de aula.
O programa de escola digital foi acelerado e o ano passado fizemos um levantamento e os diretores (ora toma para não serem vassalos!) nos disseram que haveria uma falta de 100 mil computadores.
Os computadores não chegaram porque estão com problemas na importação desde a China. Todos os países da Europa estão na mesma situação, com os mesmos problemas.
Em todo o caso (teremos de lhe dar os parabéns)) conseguirem trazer 100k computadores. Com ajuda da sociedade civil, câmaras e juntas.
A prioridade são os alunos da ação social escolar ASE.
Sobre o abandono escolar fez questão de lembrar as melhorias nesta área…Portugal ultrapassou a média europeia…é importante falar nisso!
(A pergunta que deixamos é a que custo estes alunos se mantém no sistema até ao 12.º ano e sobretudo como se processam as suas transições. Flexibilidade?)
Sobre a aceitação dos computadores por parte dos alunos acontece porque se trata de um empréstimo e os alunos deverão conservá-lo e entregar ao final do ciclo.
Sobre a interrupção letiva – Mesmo as escolas estando preparadas preferimos trocar agora uns dias de ensino remoto por outros em presencial quando for possível.
As escolas devem ser as primeiras a abrir. É urgente, mas teremos de o fazer com concordância do mundo sanitário.
João Baião no final fez a pergunta mais difícil:………claro que não, foi tudo muito fofo e uma verdadeira mensagem propagandista!