Nunca como até agora foi tão claro que a política de reversões na educação liderada por António Costa e aplicada pelo Ministro Tiago Brandão Rodrigues deu cabo das melhores reformas feitas por Nuno Crato durante o Governo PSD/CDS. Aliás, destruiu até os progressos e alterações da responsabilidade do próprio Partido Socialista de outro tempo.
Se até aqui todo o debate assentava na opinião dos intervenientes, da oposição e dos partidos da Geringonça, o Relatório TIMSS 2019 não deixa pedra sobre pedra daquilo que foram as consequências das reversões da Esquerda na área das aprendizagens e das competências dos alunos do 4º ano de escolaridade a matemática e ciências.
Se as primeiras reformas de Nuno Crato focaram o ensino das disciplinas nucleares, como o português e a matemática, com resultados muito acima do esperado obtidos logo em 2016 (que já então o Governo da Geringonça não hesitou em chamar a si esse mérito), os resultados agora apurados revelam uma regressão profunda das aprendizagens. Os alunos portugueses caem sete posições no respetivo ranking internacional. Se em 2015 Portugal ocupava o 13º, em 2019 caímos 7 posições e estamos agora em 20º. E como explica o Alexandre Homem Cristo num artigo publicado pelo Observador https://observador.pt/opiniao/a-deseducacao-nacional/ este resultado é uma queda portuguesa e não uma tendência internacional. Aliás recomendo vivamente a leitura desse artigo para quem quiser de facto perceber o que aconteceu e porque aconteceu este verdadeiro retrocesso na qualidade da aprendizagem dos nossos alunos. E não percam tempo a dizer que esta é uma visão da “direita”, é também o legado socialista que é destruído por Tiago Brandão Rodrigues sob proteção e elogio recorrente de António Costa.
Como alertámos em devido tempo, as mudanças operadas pelo Partido Socialista e pelo Governo de António Costa logo no início do seu mandato interromperam uma cultura de exigência e a melhoria consecutiva nos resultados dos estudantes portugueses, que destruiu até o que foi bem feito por antigos Ministros socialistas. Foi como se a ideologia do Bloco e do PCP se tivesse apoderado do Partido Socialista cuja tradição ficou irreconhecível e é agora um embaraço.
É verdade que algumas reversões do Governo da geringonça tiveram resultados trágicos nos serviços públicos, como a renacionalização da TAP, o regresso às 35 horas na função pública ou congelamento do investimento público. Mas se isso tem sobretudo impacto ao nível das contas públicas e na qualidade dos serviços, a ideologia radical aplicada às escolas e à educação prejudica de forma irreparável uma geração de crianças e jovens cujo futuro pode ter ficado comprometido de forma dramática e irreversível.
O que foi feito por este Governo na educação equivale a colocar um aluno cábula a decidir como seria a sua escola e a dos seus colegas. Facilitismo, muito deslumbramento e entretenimento, sem esquecer um rancor absurdo, misturado com falta de discernimento e noção, o que associado a demasiada cegueira ideológica levou à destruição de um modelo de educação que ano após ano subia patamares de qualidade, galgava lugares nos rankings e garantia jovens mais preparados. Tudo isto é ainda mais inacreditável quando ocorre num período com mais professores, com manuais escolares gratuitos, com mais especialistas no apoio às escolas etc. Ou seja, se dúvidas houvesse isto revela quão incompetentes conseguem ser.
Os danos deste Governo na Educação são muito graves, são danosos para o país e sobretudo para as novas gerações.